Pode não parecer, mas desde 21 de junho e até 23 de setembro a estação vigente no hemisfério sul é o inverno. Mas como temos observado, os dias quentes têm prevalecido com mais frequência, ocorrendo até recorde de calor no ano em algumas cidades pelo Brasil.
Tutor deve ficar atenta aos dias quentes em pleno inverno
Embora o inverno se caracterize pela mudança na direção dos raios solares, que deixam de incidir diretamente no nosso hemisfério, causando queda nas temperaturas, nesse ano o fenômeno El Niño fez com que os dias fiquem um pouco mais quente que o normal no Brasil, segundo o Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Os tutores que acompanham a coluna no AlagoasWeb devem ficar preocupados em como essa onde calor pode afetar seus pets e o que fazer para proteger do calor e clima seco seus cães e gatos, deixando-os sempre refrescados e saudáveis.
É importante saber que em meio às elevadas temperaturas e à baixa umidade do ar, é crucial redobrar a atenção à saúde, seja do tutor ou do pet, pois da mesma forma que os humanos, os animais de estimação enfrentam uma série de desafios decorrentes do calor, demandando cuidados especiais.
Conversamos com o Bruno Alvarenga, médico-veterinário e professor de Veterinária do CEUB – Centro Universitário de Brasília para saber quais os cuidados principais com os pets nos dias mais quentes.
Os tutores devem evitar uma exposição prolongada ao calor, além de incentivar a ingestão de água fresca ou gelada em potes acessíveis, de alimentos úmidos e de picolés caseiros, podem minimizar os malefícios da onda de calor.
Durante esses períodos quentes e secos, muitos animais podem sofrer com problemas respiratórios e estresse térmico. Para deixar menos intenso esses transtornos, o médico-veterinário sugere ações para proteger cães e gatos, como brincadeiras com água e utilizar fontes de circulação de ar.
Tutor deve ficar atenta aos dias quentes em pleno inverno
Outra excelente ação em busca de refrescar os amigos peludos é a tosa. Trata-se de uma opção válida, porém deve ser realizada com cuidado. Isso ocorre porque algumas raças com pelos longos já desenvolveram adaptações ao clima quente e a retirada excessiva dos pelos pode afetar seus mecanismos naturais de regulação térmica. Além disso, em alguns casos, a remoção dos pelos pode causar um estresse significativo nos animais.
Quanto aos passeios diários com os animais de estimação, o especialista aconselha evitar sair nos momentos mais quentes do dia, pois a exposição prolongada ao calor pode resultar em queimaduras nas almofadas das patas dos cães devido ao contato com superfícies quentes, além de levar a crises de hipertermia, especialmente em raças braquicefálicas, como Pug e Bulldog.
Por fim o especialista alerta que se o animal de estimação apresentar sintomas de mal-estar durante um passeio, como prostração, dificuldade respiratória ou vermelhidão intensa nas mucosas, ou mesmo se demonstrar problemas respiratórios em casa, é fundamental buscar imediatamente atendimento veterinário.