Grupo espera uma safra ainda melhor que em 2024
A Usina Caeté manteve a tradição de realizar, no início de cada safra, a missa da moagem. O ato religioso simboliza fé, união e renovação de esperanças para um período que movimenta toda a região com geração de emprego, renda e produção de açúcar, álcool e energia.
Receba as notícias do AlagoasWeb no seu WhatsApp
Usina Caeté celebra 60 anos e centenário de Carlos Lyra com tradicional missa que dá início a moagem
Neste ano, a celebração teve um significado ainda mais especial: a empresa completa 60 anos de existência e marca também o centenário de nascimento do seu fundador, Carlos Lira.
O diretor administrativo da usina, Paulo Couto, destacou que a safra representa um momento de expectativa e oportunidades.
Paulo Couto
“A gente sempre inicia a safra com a missa para trazer bênçãos a todo o processo. O início da safra é sempre um momento de esperança para a região, onde há uma grande movimentação de contratações, geração de renda. Isso beneficia muito o município e os arredores. Estamos gratificados e esperançosos de que, com essas bênçãos, teremos uma safra positiva.”
Já o diretor industrial, Luiz Magno, enfatizou a expectativa de crescimento em relação ao ano anterior.
Luiz Magno
“Nós devemos esmagar nesta safra em torno de 1.900.000 toneladas de cana, um pouco mais do que no ano passado. Em função das chuvas recentes, podemos ter até uma produção maior. Agradeço o empenho de todos os funcionários da Usina Caeté e espero que este ano tenhamos um desempenho muito melhor. Queremos, dessa forma, agradecer a todos que ajudam a fazer uma Caeté maior.”
O superintendente Mário Sérgio explicou o funcionamento do ciclo da usina.
Mário Sérgio
“A usina de açúcar é uma atividade que caminha o ano todo. No período da entressafra, dedicamos as atividades ao plantio e cuidado com a lavoura. Agora, com a moagem, muda-se o foco: passamos a dedicar esforços ao corte da cana, manual e mecanizado, que exige muita mão de obra e qualificação. Esse processo se estende de 180 a 200 dias.”
Usina Caeté celebra 60 anos e centenário de Carlos Lyra com tradicional missa que dá início a moagem
As memórias de Dona Syssinha
A empresária Elizabeth Lyra, conhecida como Dona Syssinha, emocionou-se ao relembrar a história da família e o legado deixado por seu pai.
“Hoje fazem 60 anos que meu pai comprou essa indústria em São Miguel dos Campos. Ele começou a vida vendendo algodão, depois trabalhou com fumo e no Banco Econômico. Trouxe o Banco para Maceió e, quando percebeu o potencial dos tabuleiros de São Miguel, decidiu investir na cana. Meu pai comprou a usina e viemos todos para cá. Minha mãe, dona Virgínia, americana, fez um trabalho social belíssimo, que eu dei continuidade com a Escola Conceição Lyra, onde já formamos mais de 16 mil crianças.
Tenho muita saudade dele, que faria 100 anos em 2025.”
Ela lembrou que tudo começou com seu avô, Salvador Lyra
“Meu avô Salvador foi precursor de tudo isso. Já na década de 1920, incentivou o uso do etanol como alternativa à gasolina, mostrando ao Brasil, a partir da Usina Serra Grande, que o Nordeste podia produzir combustível limpo. Meu tio, João Lyra, também deixou uma grande contribuição ao Estado. Acho que é isso que levamos da vida: a missão de construir algo que fique para os outros.”
Dona Syssinha se disse muito feliz com o momento de celebração
“Eu estou muito feliz. Quero agradecer a todos os funcionários, colaboradores e parceiros, assim como à prefeitura e ao povo de São Miguel dos Campos, por ajudarem a cidade a evoluir. Desejo que continuem sendo pessoas boas, honestas e comprometidas com o bem-estar do município, de Alagoas e do Brasil.”
Acompanhe mais notícias em Alagoasweb.com