Templo Satânico saúda Satanás como herói em ‘presépio alternativo’

Por: Array / Gospel Prime  Data: 06/12/2018 às 09:45

Satanistas lutam por reconhecimento como religião

O Templo Satânico de Chicago conseguiu na Justiça uma autorização para exibir uma escultura saudando Satanás como um “herói” ao lado de um presépio e outras exibições de Natal em frete à sede do governo do estado de Illinois.

A escultura de cerca de um metro é chamada de “Conhecimento é o maior presente”, e mostra a mão estendida de uma mulher segurando uma maçã, com uma cobra enrolada em volta dela. O porta-voz da organização satanista, Lex Manticore, confirmou ao The State Jounral-Register que o braço representa o de Eva no relato de Gênesis

“Nós vemos Satanás como um herói nessa história, é claro, espalhando conhecimento”, insistiu, acrescentando que buscar conhecimento é “a maior oportunidade individual de melhorar a si mesmo, e acreditamos que você deve agir basicamente com a melhor compreensão científica do mundo quando toma decisões”.

No Jardim do Éden, onde viviam Adão e Eva, havia uma “árvore do conhecimento do bem e do mal”, da qual o primeiro casal foi proibido de comer. Satanás, que se apresenta como uma cobra, engana Eva e ela toma uma fruta da árvore, sendo seguida por Adão, consumando assim o “pecado original”.

A provocação do Templo Satânico, que colocou sua estátua como um “presépio alternativo”, deseja questionar o significado histórico do Natal. “Não há divindades”, disse Manticore. “Nós não adoramos um Satanás literal e nem acreditamos que ele realmente exista. Satanás para nós é uma metáfora. Ao longo da história, tem sido usado como um personagem que representa a rebelião diante da tirania religiosa”.

A organização tem feito campanhas para ser reconhecida como uma religião, desfrutando de todos os benefícios legais, ao mesmo tempo que defende a separação de Igreja e estado em todo o país.

Em agosto, eles colocaram uma estátua de Baphomet, uma criatura meio-bode e meio-homem, ao lado de um monumento dos 10 Mandamentos. Eles alegavam ter o mesmo direito de todas as outras religiões de manifestar-se publicamente.