Ahistória de Sanju Bhagat já não é nova, tendo os meios de comunicação social já revisitado este episódio peculiar na sua história por várias vezes. Agora, a história volta a ser recordada, assim como compartilhada nas redes socais – seja para quem nunca a ouviu, ou para quem já a conhecia.
Segundo os meios de comunicação internacionais, o indiano, residente na cidade de Nagpur, cresceu com a zona abdominal proeminente, mas enquanto era mais novo, nunca houve sinais de houvesse algo de errado. Foi quando chegou aos 20 que esta área começou ainda a ser mais saliente.
O homem, que tinha uma aparência esguia, ignorou esta questão durante anos até que se tornou difícil para ele respirar e, consequentemente, também trabalhar no terreno da sua família, que lhe permitia produzir alimentos para sua família. Devido à barriga saliente, esta tarefa estava tornando-se complicada.
Foi em 1999 que o indiano, com 36 anos na época, decidiu ir ao médico, em Mumbai. Os profissionais acharam que se tratava de um tumor, mas foi já com os bisturis na mão que descobriram que estavam errados e depararam-se com aquilo que foi um choque. Durante a cirurgia, os médicos descobriram que ao invés de se tratar de um enorme tumor, se tratava de algo denominado ‘Fetus in fetu’, um quadro clínico muito raro também chamado de ‘Gêmeo parasita’.
Nestes casos, um feto não viável, com alguma deformação, cresce dentro do outro feto que está no útero. Segundo os especialistas citados pelas publicações internacionais, acredita-se que esta situação acontece num em cada 500 mil nascimentos, havendo, de acordo com o Economic Times, menos de 100 casos descritos em todo o mundo.
Segundo as publicações, foram retirados durante a cirurgia ossos, cabelos e outras partes. Numa entrevista citada pelas publicações internacionais um dos médicos presentes referiu-se ao momento tanto como uma “surpresa” como “um horror”. “Estávamos horrorizados. Estávamos confusos e surpreendidos. Para minha surpresa e horror, podia dar um aperto de mão com alguém no interior. Foi chocante para mim”, terá afirmado Ajay Mehta.
“[Retirou-se] Primeiro um membro, depois outro. Depois uma parte da genitália, e depois cabelo, ossos, mandíbula”, contou o mesmo responsável.
Segundo o que explicou às publicações Mehta, o ‘Gêmeo parasita’ pode sobreviver mesmo depois do nascimento do hospedeiro, até começar a prejudicar o bebê. Mas, no caso de Bhagat, ninguém suspeitou que o gêmeo parasita estivesse dentro deste.
A imprensa adianta ainda que Sanju teria recusado olhar para o que retiraram do seu corpo, e está agora tentando viver a sua vida normal. Na cidade indiana onde ainda vive trabalha, ainda é, segundo a imprensa, recordado como o ‘homem grávido’. Já quanto às dificuldades em respirar, terão sido resolvidos logo no pós-cirurgia.