O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por estuprar uma mulher durante o trabalho de parto, já atuou como ginecologista, obstetra e mastologista. Além de trabalhar como autônomo, Giovanni também mantém uma clínica de ginecologia em parceria com o pai.
Segundo consta no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o médico é sócio de uma clínica particular especializada em ginecologia e obstetrícia localizada em Vila Isabel, zona norte do Rio. O registro mostra que Giovanni trabalhou no local até o mês passado.
Além da clínica com o pai, dados do CNES mostram que o anestesista mantém vínculo com cinco estabelecimentos de saúde exercendo a função de anestesiologista, ginecologista e obstetra e mastologista.
No Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde aconteceu o crime, o médico trabalhava como especialista em anestesiologia há cerca de seis meses como pessoa jurídica, ou seja, não como servidor do estado.
Ele também atuava como anestesista no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio; no Complexo Regional de Mesquita – Maternidade e Clínica da Mulher, em Mesquita, e no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, ambos localizados na Baixada Fluminense.
Os hospitais em que Giovanni prestava atendimento estão enviando os registros de consultas à polícia para fazer um levantamento das pacientes que ele atendeu. Até o momento, estão sendo investigados 30 possíveis casos suspeitos.
Formado em 2017 pelo Centro Universitário de Volta Redonda, no Sul Fluminense, Giovanni Bezerra concluiu especialização como anestesista apenas em abril deste ano. Segundo registro, ele já passou por cerca de 10 hospitais, entre públicos e privados. Nos últimos cargos, o anestesista ocupava a função como funcionário autônomo ou contratado temporário.