A acusada diz que aborto foi espontâneo. Delegado chamou ação de ‘mórbida’
O Conselho Tutelar e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o caso de uma mulher que postou uma selfie com o feto após sofrer um aborto. A acusada é suspeita de provocar o aborto, crime passível de um a três anos de detenção.
Ela fez um pedido às autoridades para não ser identificada porque teme represálias da população. Mesmo assim, em seu depoimento, feito nesta segunda-feira (11), afirmou que o aborto foi espontâneo e que ocorreu em 2016.
De acordo com o delegado Rodrigo Telho, da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), ela apresentou um laudo de aborto espontâneo ocorrido no hospital e que teria tido a ideia da foto quando foi ao banheiro. Se a versão for comprovada, não configura crime, mas o delegado ressaltou que a atitude “foi mórbida”.
Depois, mandou a foto para um grupo de amigas. A selfie foi parar nas redes sociais depois de uma “simples briga” entre ela e uma das integrantes do grupo, como relatou a acusada. Ela registrou uma denúncia por difamação contra a colega que publicou a imagem.