O saldo do terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria ultrapassou 41.000 mortos na quinta-feira, 16, segundo o balanço oficial atualizado, enquanto as Nações Unidas pediram R$ 5 bilhões para enfrentar a crescente crise humanitária.
Onze dias após o terremoto – um dos mais mortais dos últimos 100 anos – equipes de resgate conseguiram retirar uma adolescente de 17 anos e uma mulher de 20 dos escombros. “Ela parecia bem de saúde. Ela abria e fechava os olhos”, disse Ali Akdogan, um mineiro de carvão, após ajudar a resgatar Aleyna Olmez em Kahramanmaras, uma cidade perto do epicentro do terremoto. No entanto, a esperança de encontrar sobreviventes diminuiu dramaticamente.
Muitos nas áreas afetadas enfrentam uma emergência paralela enquanto tentam recolher seus pertences no frio intenso, sem comida, água ou banheiros, aumentando as chances de que o desastre se agrave devido a doenças. “As necessidades são enormes, as pessoas estão sofrendo e não há tempo a perder”, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em comunicado. Guterres disse que as contribuições forneceriam alívio por três meses para 5,2 milhões de pessoas.
O dinheiro “permitiria que as organizações de ajuda aumentassem rapidamente o suporte vital” em áreas como segurança alimentar, proteção, educação, água e abrigo, acrescentou. “Peço à comunidade internacional que intensifique e financie totalmente esse esforço crucial em resposta a um dos piores desastres naturais de nosso tempo”.
Autoridades e médicos informam que 38.044 pessoas morreram na Turquia e 3.688 na Síria desde o terremoto de 6 de fevereiro, totalizando 41.732 mortes confirmadas. O terremoto, que ocorreu em uma das maiores zonas sísmicas do mundo, atingiu áreas altamente povoadas enquanto as pessoas dormiam e casas que não foram construídas para suportar as fortes vibrações do solo.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, rejeitou as acusações de que seu governo falhou em responder ao desastre natural mais mortal do país nos últimos tempos.