Dona Maria Aparecida da Conceição, de 69 anos, foi encontrada morta dentro de casa

Um dos crimes de maior repercussão dos últimos anos em São Miguel dos Campos, praticado com violência incalculável, contra uma idosa de 69 anos, ganhou um último capitulo nesta quinta-feira, dia 20, com a condenação do autor.
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Neto que matou a avó em São Miguel dos Campos é condenado a 37 anos de reclusão
Desaforado para Maceió, o fato ocorreu em São Miguel dos Campos, no dia 2 de maio de 2020, na residência da vítima, a dona de casa Maria Aparecida da Conceição, de 69 anos, que morava no bairro Humberto Alves (Terreno), na parte baixa da cidade.
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Com mais uma grande atuação do Ministério Público, representado pela promotora de Justiça Adilza Freitas, dessa vez assistida pelo advogado Raimundo Palmeira, sendo o júri presidido pelo juiz Geraldo Amorim, a família e a sociedade tiveram uma resposta com a condenação de João Gabriel Silvestre Lopes a 37 anos de reclusão, em regime fechado.
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Gabriel matou a mulher que seria sua segunda mãe, a avó materna, com a qual se desentendia porque queria afastá-lo do mundo das drogas.
O Conselho de Sentença acatou o crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, sem chances de defesa para a idosa e com as circunstâncias agravantes de ter cometido crime de homicídio contra ascendente e maior de 60 anos.
A promotora de Justiça Adilza Freitas fala sobre o fazimento de Justiça ao tempo que observa a destruição que as drogas fazem na vida dos jovens, ao ponto de matar a própria avó.
“Um crime que nos abre grandes reflexões sobre o transviamento que as drogas promovem nos jovens, a idosa, que nada mais queria senão o bem do neto foi severamente agredida e morta por ele. E não há como reparar a barbárie senão buscando a justiça em respeito às vítimas, em defesa da vida, e dando uma resposta à sociedade que nos cobra e fica vigilante. A condenação do réu põe um fim no luto da família”, evidencia a promotora Adilza.
O caso a principio foi tratado como um suicidio, mas, após as investigações, a Polícia Civil chegou a conclusão que a mulher foi assassinada, relembre: Delegado João Marcello esclarece assassinato de idosa e indicia neto pela morte da mulher em São Miguel dos Campos
João Gabriel morava na casa da avó com ela e mais dois tios, no entanto, sempre estavam discutindo, segundo a sua genitora, porque ele era usuário de drogas e Maria Aparecida não aceitava.
Na madrugada do dia 2, por volta das 5h, quando um dos filhos da vítima entrou em casa encontrou a mãe morta e ensanguentada, com ferimentos provocados por violência extrema. Consta nos autos que ela morreu em decorrência de um “arremesso” feito pelo neto.
Para se safar, o assassino tentou criar um álibi afirmando que tinha dormido, naquela noite, entre 23 e 00h, na casa de um amigo que morava em frente ao imóvel de sua avó, e acordado entre 10h e 11h do dia seguinte. O que foi desmentido pelo rapaz ao sustentar que ele, de madrugada, teria convidando para usar drogas.
Outro fato que chamou a atenção da vizinhança foi o de que a vítima tinha dois cachorros que se manifestavam caso aparecessem pessoas desconhecidas, o que não ocorreu no dia do crime, levando a polícia a suspeitar que o responsável por sua morte era alguém do convívio e conhecido dos animais.
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