Uma mulher de 53 anos, desaparecida desde o dia 29 de novembro em Barro Preto, no sul da Bahia, foi encontrada com vida e amarrada em uma cova rasa depois que o companheiro confessou enterrá-la viva. Valdenice Alves de Novais foi localizada pela polícia nesta quinta-feira em uma região de mata e tinha sinais de uma pancada na cabeça. Ela passou a noite em observação em um hospital da região e foi liberada. O homem, com quem a vítima mantinha um relacionamento há seis meses, foi preso e não teve o nome divulgado.
Investigadores da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Itabuna e da Delegacia Territorial (DT) de Barro Preto informaram que o homem manteve a vítima em cárcere privado e brigou por ciúme. Ele nega agressões, mas admite tê-la enterrado com vida.
Valdenice desapareceu depois que saiu para passar a semana com o companheiro. Ela foi dada como desaparecida, até ser encontrada com lesões, desidratada e com sinais de confusão mental.
Segundo a irmã da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, Valdenice fez os exames e está em casa, mas ainda não está em condições de conversar. Como o relacionamento dos dois é recente, os familiares não sabem dizer o nome do companheiro de Valdenice.
A irmã da vítima enviou ao GLOBO um vídeo em que o agressor confessa a agressão por ciúmes, em forma de “castigo” à mulher por querer ficar com outro homem. O agressor admitiu que amarrou e cavou a cova de três palmos, e que sabia que ela estava viva quando a enterrou.
Localizado na zona rural de Barro Preto, o suspeito confessou o crime e apontou o local onde enterrou a companheira. Em depoimento, ele declarou ter empurrado a mulher durante uma discussão, no último domingo. De acordo com a polícia, ele informou que a vítima caiu e bateu com a cabeça no chão, ficando desacordada por alguns minutos, e foi neste momento que o homem achou que a companheira estava morta. Após reanimar a vítima, ele a amarrou e a enterrou numa cova rasa.
O delegado Evy Paternostro, coordenador da 6ª Coorpin/Itabuna, informou por meio de nota que as buscas pela mulher duraram horas na mata fechada. “Ele (o agressor) disse que sabia que a mulher estava viva e fez isso como castigo, pois estava com ciúmes e queria punir a companheira”, destacou.
O homem foi preso por cárcere privado, durante a Operação Unum Corpus. “Já solicitamos a conversão do flagrante em prisão preventiva”, acrescentou o delegado.
Valdenice já está com a família, e a irmã da vítima contou que ela está fragilizada, e que ainda não conseguiu dar detalhes do que aconteceu. “Ela fica apenas parada olhando para a gente”, afirmou.