Movimento observado em Alagoas segue a tendência registrada no Nordeste e no Brasil

A segurança alimentar em Alagoas apresentou melhora em 2024. No estado, 65,0% dos domicílios - o equivalente a 727 mil residências - estavam em situação de segurança alimentar, ante 63,6% em 2023. O aumento representa 22 mil domicílios a mais com acesso regular e permanente a alimentos.
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Mais domicílios alagoanos têm comida na mesa, mas insegurança alimentar grave atinge 56 mil lares
Mesmo com o avanço, 35,0% dos domicílios alagoanos, cerca de 391 mil, ainda enfrentavam algum grau de insegurança alimentar. Desse total, 56 mil estavam em insegurança grave, quando falta comida no domicílio e há ruptura no padrão de alimentação familiar.
Os dados, divulgados hoje (10) pelo IBGE, são do módulo Segurança Alimentar da PNAD Contínua, realizada por meio de uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Este módulo faz parte de uma série de resultados sobre este tema, já coletados na antiga PNAD (2004, 2009, 2013) e na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018. Embora não sejam pesquisas diretamente comparáveis, o IBGE manteve um padrão quinquenal que permite traçar a trajetória de enfrentamento da fome no país.
“Os dados indicam um cenário de recuperação no estado de Alagoas, mas ainda com um contingente expressivo de domicílios em insegurança alimentar. O desafio é manter o avanço e reduzir as situações mais graves”, destaca Alcides Tenorio Junior, superintendente do IBGE em Alagoas.

Melhora acompanha tendência do Nordeste e do país
O movimento observado em Alagoas segue a tendência registrada no Nordeste e no Brasil. Na região, a proporção de domicílios com segurança alimentar passou de 61,1% para 65,2%, enquanto a insegurança grave caiu de 6,3% para 4,8% entre 2023 e 2024.
Mesmo com a melhora, Alagoas ainda apresenta percentual de insegurança grave (5,0%) acima da média nordestina (4,8%) e da média nacional (3,2%). O estado figura, ao lado da Bahia (5,4%) e do Maranhão (5,2%), entre os três com maiores índices de insegurança alimentar grave na região.
Dos 1,118 milhão de domicílios do estado em 2024, 727 mil (65,0%) tinham segurança alimentar; 391 mil (35,0%) enfrentavam insegurança alimentar, sendo 253 mil (22,6%) em insegurança leve, 83 mil (7,4%) em insegurança moderada e 56 mil (5,0%) em insegurança grave.
Metodologia: Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
A pesquisa utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), composta por 14 perguntas que avaliam a percepção das famílias sobre suas condições alimentares nos 90 dias anteriores à entrevista.
As respostas permitem classificar os domicílios em quatro categorias: Segurança alimentar: acesso regular e permanente a alimentos de qualidade; Insegurança leve: preocupação ou redução na qualidade da alimentação; Insegurança moderada: redução na quantidade de alimentos para adultos; e Insegurança grave: redução da quantidade de alimentos para todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.
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