Rosana Auri e Kacyla Priscyla foram condenadas pelo assassinato e esquartejamento do menino Rhuan Maycon
O Tribunal de Júri de Samambaia, no Distrito Federal, condenou na quarta-feira (25), Rosana Auri da Silva Cândido, 28, e Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 29, pelo assassinato e esquartejamento do menino Rhuan Maycon, 9, a penas que, somadas, ultrapassam 130 anos de prisão.
Rosana, mãe da vítima, foi condenada a 65 anos e 8 meses de reclusão, com adição de 8 meses e 10 dias. Já a companheira dela, Kacyla, a condenação foi de 64 anos e 10 meses de reclusão, mais 8 meses e 10 dias de detenção, segundo o Tribunal de Justiça do DF.
De acordo com o Ministério Público, a mãe da vítima assumiu toda a culpa pelo crime durante o julgamento, tentando inocentar a companheira, que permaneceu calada.
A tese, porém, não convenceu os jurados que acompanharam o entendimento da Promotoria e condenaram ambas por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar recurso de defesa da vítima).
Na polícia, porém, o casal havia confessado o crime com detalhes. Elas afirmaram que em 31 maio de 2019 mataram Rhuan enquanto dormia, com uma facada no coração, depois esquartejaram o corpo e tentaram queimá-lo em uma churrasqueira.
O Ministério Pública afirma que, no total, foram 11 facadas contra a criança, que acordou durante o ataque, e, por fim, foi degolada ainda viva.
A Promotoria diz ainda que o assassinato ocorreu após uma sequência de sofrimento por parte da criança, que vivia em cárcere privado. “Um ano antes do assassinato, a dupla extraiu os testículos e o pênis de Rhuan, em casa, de forma rudimentar, sem anestesia ou acompanhamento médico. Por esses crimes, elas foram denunciadas por tortura e lesão corporal gravíssima”, diz nota do Ministério Público.
Rosana e Kacyla disseram, por meio de seus advogados, que vão recorrer da sentença.