Luiz Inácio da Silva continua com suas andanças e reuniões em busca de votos. Mas só em ambientes fechados, com plateia amigável, aquela que bate palmas para qualquer bobagem. Sair às ruas, Lula não sai, já que ele não é louco. É uma figura sinistra na história recente brasileira.
Desde o início de sua vida pública, quando o jornalista Mino Carta colocou a fotografia do então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na capa da revista “Veja”. Ganhou uma projeção que não merecia. Dava para se notar de longe. E ficou mais de 20 anos fazendo um discurso em favor da ética na política e contra a corrupção. Até que foi eleito presidente da República e se tornou chefe de uma quadrilha de corruptos que dilapidou o país, num assalto ao dinheiro público como poucas vezes se viu história da humanidade.
Preso, foi solto por um golpe do Supremo Tribunal Federal. E virou candidato a presidente da República nas eleições de 2022, com chances de voltar ao Palácio do Planalto.
Luiz Inácio tem dito aos seus aliados que, por enquanto, não deseja nenhuma aproximação com os militares. Ainda não chegou a hora. Diz que até tem sentido uma sinalização por parte deles para que isso ocorra, mas, por ora, não está interessado.
Lula observa que pretende balizar essa relação lembrando seus dois governos, chamados de os anos das “vacas gordas” até por militares que odeiam o PT. Lula observa que não pode avaliar as Forças Armadas pelas pessoas que estão no governo. Explica que essa gente não representa as Forças Armadas e que está convencido de que hoje há um grupo de aproveitadores no Palácio do Planalto. O ex-presidente e ex-presidiário está sempre convencido de alguma coisa. Sempre.
Ele assegura que as Forças Armadas precisam compreender que a farda não revela o caráter. Essa tem que ser a formação militar, o interesse de defender a soberania nacional. Ele está convencido de que há nas Forças Armadas gente preocupada com o Brasil, gente preocupada com o desenvolvimento do país, gente preocupada com a soberania brasileira, gente preocupada com a independência do Brasil. “É essas Forças Armadas que queremos”, diz Luiz Inácio aos aliados com quem está sempre reunido. Afirma estar convencido de que não existe problema nenhum na instituição. O problema, diz ele, é que quem governa o Brasil não dá orientação nenhuma. Observa que os militares, se bem orientados, podem prestar grandes serviços. Adianta estar convencido de que nas Forças Armadas não há ninguém mais importante e mais inteligente que qualquer um dos pobres mortais brasileiros.
As Forças Armadas são iguais, apenas têm uma função diferente na sociedade. Como tem gente ruim no Exército, na Marinha e na Aeronáutica, afirma estar convencido de que o exemplo mais claro disso é a figura do general Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde num momento difícil como a pandemia. Isso representou um ultraje.
Para Lula, Pazuello nunca poderia ser um general, por sua ignorância. E afirma que esse general é um homem que pensou em comparecer à CPI da Covid de farda para ser mais respeitado. Então é isso. Lula, por enquanto, quer distância dos militares. De vez em quando ele tem essas recaídas e fala nesses assuntos, sempre convencido de alguma coisa. E diz estar convencido de que a hora vai chegar. Aí ele acerta os ponteiros. Agora não.