No debate presidencial da Band, o primeiro destas eleições, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) trocaram farpas quando questionados sobre a possibilidade de uma aliança no segundo turno. Lula acenou ao pedetista, mas Ciro o criticou, como costuma fazer, o associando a escândalos de corrupção.
— Eu tenho um profundo respeito pelo Ciro Gomes. Sou grato ao Ciro Gomes que esteve no governo comigo de 2003 a 2006. Mas o Ciro nesse instante resolveu não estar conosco, sair com candidatura própria, é um direito dele — afirmou Lula.
Em seguida, ele afirmou que, caso ganhe as eleições, irá “tentar ver” se atrai o PDT para seu governo e que trata Ciro com “deferência”. E ressaltou que espera que Ciro “não vá para Paris”, como fez no segundo turno de 2018.
— Espero que o Ciro fique aqui no Brasil e que a gente sente para conversar — completou Lula. Na tela dividida do programa, a imagem mostrava que o candidato pedetista ria enquanto ouvia o adversário petista.
Ciro respondeu falando sobre uma “contradição moral” de Lula e do PT, que ele equipara à de Jair Bolsonaro.
— Lula se deixou corromper mesmo. Está com Geddel Vieira Lima, está com Renan Calheiros, está com Eunicio Oliveira.
Lula então subiu o tom, diz que foi absolvido em todos os processos contra ele e que “paga o preço” de ser inocente, e elogiou as medidas tomadas pelos governos petistas na área da educação — o tema é um dos prediletos de Ciro Gomes, que usa como modelo o Ceará, governado por ele no início dos anos 1990.