Juíza nega pedido de advogado para ser o ‘Superman brasileiro’

O advogado Aldebaran Luiz Von Holleben, morador de Ponta Grossa (PR), teve um pedido singular negado pela juíza Erika Watanabe, do Tribunal de Justiça do Paraná. Ele havia entrado na Justiça para obter reconhecimento nacional como “Superman brasileiro” e, além disso, propôs processar a Warner Bros e o Clube de Regatas Flamengo. Para Von Holleben, uma situação passada, durante a infância, o caracteriza como o herói no Brasil. Ao júri, o advogado apresentou dois retratos utilizando um tênis do Superman e a camisa oficial do Flamengo. No entanto, o pedido foi considerado, pela juíza, desnecessário e sem utilidade. De acordo com o advogado, a primeira fotografia, em cima de um carrossel e próxima a uma caveira em um parque infantil, simbolizaria o “renascimento”. Já a segunda, tirada dentro de uma jaula de leão, com o animal, retrataria o amor pelo time carioca. O argumento utilizado por Von Holleben é que, coincidentemente, no ano em que a foto foi tirada, em 1978, o Flamengo foi campeão de um torneio de futebol mundial. Segundo ele, o time deveria concordar que ele teria “conquistado o equivalente” ao campeonato. Além disso, que a conquista teria sido “mais rápida que o Superman”. Para Erika Watanabe, a solicitação do homem deveria ser diretamente à produtora ou ao time de futebol, tirando, assim, a necessidade jurídica do processo. “Não existe nos autos qualquer elemento capaz de demonstrar a necessidade e utilidade do provimento jurisdicional ambicionado, que tão somente tumultua a atividade jurisdicional”, declarou em decisão. Direitos

Por: Metropoles  Data: 12/03/2021 às 10:47

O advogado Aldebaran Luiz Von Holleben, morador de Ponta Grossa (PR), teve um pedido singular negado pela juíza Erika Watanabe, do Tribunal de Justiça do Paraná. Ele havia entrado na Justiça para obter reconhecimento nacional como “Superman brasileiro” e, além disso, propôs processar a Warner Bros e o Clube de Regatas Flamengo.

Para Von Holleben, uma situação passada, durante a infância, o caracteriza como o herói no Brasil. Ao júri, o advogado apresentou dois retratos utilizando um tênis do Superman e a camisa oficial do Flamengo. No entanto, o pedido foi considerado, pela juíza, desnecessário e sem utilidade.

De acordo com o advogado, a primeira fotografia, em cima de um carrossel e próxima a uma caveira em um parque infantil, simbolizaria o “renascimento”. Já a segunda, tirada dentro de uma jaula de leão, com o animal, retrataria o amor pelo time carioca.

O argumento utilizado por Von Holleben é que, coincidentemente, no ano em que a foto foi tirada, em 1978, o Flamengo foi campeão de um torneio de futebol mundial. Segundo ele, o time deveria concordar que ele teria “conquistado o equivalente” ao campeonato. Além disso, que a conquista teria sido “mais rápida que o Superman”.

Para Erika Watanabe, a solicitação do homem deveria ser diretamente à produtora ou ao time de futebol, tirando, assim, a necessidade jurídica do processo. “Não existe nos autos qualquer elemento capaz de demonstrar a necessidade e utilidade do provimento jurisdicional ambicionado, que tão somente tumultua a atividade jurisdicional”, declarou em decisão.

Direitos

O advogado ainda associou a morte do ator Christopher Reeve, um dos atores que interpretaram o Superman no cinema, com as fotos tiradas na infância dele. Assim, caso a Warner queira recriar uma nova versão da trama, apresentará embargos, visto que “adquiriu eventuais direitos com o acidente e morte do ator”.

Indignado com a decisão, Von Holleben disse ainda ter a certeza de que os fãs da série de super-herói irão se encantar com a história dele e que, por isso, seria, também, merecedor de um documentário ou filme biográfico.