Segundo uma pesquisa da firma de segurança digital AllowMe, o golpe do celular provisório está em alta, fazendo cada vez mais vítimas no Brasil. Neste crime, o fraudador tem como principal objetivo utilizar uma linha de celular alternativa com sua foto para alcançar seus familiares e amigos e solicitar alguma quantia para uma “emergência”.
Esse golpe vem sendo aplicado com frequência no WhatsApp, com uma das justificativas mais comuns sendo a compra de um novo chip para uso em celular provisório após problemas com o aparelho principal. Mesmo com o diferente número de telefone, as vítimas em potencial acabam ficando confortáveis por conta do uso pelo criminoso de seu nome e pela presença da foto do conhecido na conversa.
Essa fraude está relacionada com vazamentos de dados, com os fraudadores se aproveitando das inúmeras informações disponibilizadas na internet após diversos ataques digitais no Brasil em 2021. Com isso, os criminosos conseguem encontrar facilmente nome completo, telefone, CPF, RG e o e-mail de uma pessoa.
Com esses dados, os criminosos podem encontrar facilmente pessoas nas redes sociais, e junto da cultura de compartilhar momentos nas plataformas e marcar conhecidos neles, eles preparam um cenário crível para a história do celular provisório e que deixe a vítima mais propensa a enviar o dinheiro solicitado.
“Quando o golpista consegue seus dados e faz uma pesquisa em suas redes sociais, ele não possui o telefone de seus pais ou irmãos, mas o seu. Portanto, ele verifica em seu perfil quem são as pessoas mais próximas e se passa por elas para aplicar um golpe em você” diz Fernando Guariento, gerente de Serviços Profissionais do AllowMe.
O que fazer para escapar desse golpe?
Para evitar este golpe, o ideal é não deixar suas redes sociais abertas para que qualquer um possa acessar. Com esse passo, os golpistas terão mais dificuldade em encontrar informações, dificultando o crime do celular provisório.
Outro ponto importante é sempre desconfiar de pedidos de dinheiro. Se um parente pedir uma quantia a partir de outro número, é importante que você procure essa pessoa no número principal para confirmar a solicitação. Uma chamada de vídeo também ajuda a eliminar dúvidas, já que os fraudadores dificilmente a aceitarão.
Por fim, caso seu perfil em redes sociais já sejam de acesso limitado, e mesmo assim sofrer esse tipo de ataque, provavelmente, você acabou caindo em algum phishing que deu acesso ao fraudador às suas contas, que em alguns casos, como em serviços do Google, permitem que criminosos possam baixar todos os contatos registrados em aparelhos conectados. Por isso, não clique em links suspeitos, muito menos compartilhe informações neles.