Em mais uma ação para ‘cortar na carne’ e reduzir custos, a TV Globo decidiu demitir os jornalistas Ari Peixoto e Alberto Gaspar, que estavam há mais de três décadas na casa. A decisão foi revelada pelo colunista Léo Dias, nesta quinta-feira (7).
Ari começou na Globo em 1987 e já apresentou diversas reportagens relevantes, chegando a atuar como correspondente internacional, e integrava a equipe do Rio de Janeiro. Já Gaspar entrou para o time em 1980. Na década de 2000 foi correspondente na Argentina e em Jerusalém. Atualmente, integrava a equipe de São Paulo.
Ainda segundo o colunista, o clima da redação do Jornalismo no Rio é de tristeza. Ari Peixoto se despediu dos colegas com um texto de agradecimento. “Como costumo dizer, em 1987 me casei duas vezes. Em abril, com a Globo, e cinco meses depois, com a minha mulher, Kátia. E para quem acha que a comparação é esdrúxula, sem sentido, lembro que houve épocas em que eu ficava mais tempo na emissora do que em casa”, declarou.
“Me despeço da Globo saindo pela mesma porta por onde entrei há 34 anos, a da frente”, comenta o repórter. “Saio agradecido porque muito do que construí, tanto no campo pessoal quanto no profissional, devo à Globo. São os novos tempos. Um abraço aos que ficam”, concluiu.
Numa mensagem muito mais curta do que o habitual, o diretor de jornalismo da Globo respondeu ao repórter demitido, com cópia para a redação. Num dos trechos, Ali Kamel diz: “Sou testemunha do seu profissionalismo e dedicação por onde passou. Agradeço por tudo o que fez pela Globo”.
Redução de mais de 80% da remuneração teria deixado narrador muito insatisfeito
O salário do apresentador Galvão Bueno, principal narrador esportivo do Brasil, foi reduzido em mais de 80%, de acordo com a coluna de Leo Dias, no portal Metrópoles.
Galvão recebia R$ 5 milhões mensais na TV Globo, mas agora, após um acordo com a emissora, o locutor aceitou passar a receber cerca de R$ 800 mil.
Ainda segundo a coluna, apesar de ter aceitado o acordo, o apresentador, que trabalha há 40 anos na emissora, está muito insatisfeito.
Galvão cobriu 10 copas do mundo e é sempre lembrado por eternizar momentos, como o tetracampeonato da seleção brasileira de futebol, em 1994, o penta, em 2002, e as vitórias do piloto Ayrton Senna, na Fórmula 1, entre outros momentos inesquecíveis do esporte brasileiro.