Geladeiras devem ficar mais caras com nova regra de eficiência energética

Por: Canal Tech  Data: 19/12/2023 às 19:19

As novas diretrizes devem ser aplicadas a partir de 2024

Geladeiras devem ficar mais caras com nova regra de eficiência energética
Geladeiras devem ficar mais caras com nova regra de eficiência energética

Uma nova regra de eficiência energética pode encarecer as geladeiras vendidas no Brasil, a ponto de supostamente retirar os modelos com preço abaixo de R$ 5 mil do mercado. As novas diretrizes devem ser aplicadas a partir de 2024, com ampliações até 2027. 

Geladeiras devem ficar mais caras com nova regra de eficiência energética

De acordo com informações divulgadas pelo portal UOL, o chamado Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores deve retirar do mercado os modelos de menor eficiência. Por isso, a partir de 2028, os modelos vendidos devem ser até 17% mais eficientes em relação ao que é visto atualmente. 

A iniciativa será dividida em duas etapas: até 2025 será estipulada uma meta de 85,5% do consumo padrão de energia, e até 2027 essa proporção passa para 90% — apesar do aumento do consumo, haverá mais exigências.

O programa determina regras apenas para fornecedoras e marcas que vendem as geladeiras, e por isso não será necessária nenhuma ação extra por parte dos consumidores. Modelos que já estão em circulação poderão continuar funcionando normalmente, sem substituições. 

A estimativa de aumento dos preços foi citada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, a Eletros. Em declarações feitas ao jornal Folha de São Paulo, a entidade indicou que as mudanças podem “elitizar o mercado” ao encarecer as geladeiras para valores acima dos R$ 5 mil. 

De acordo com o presidente da Eletros, Jorge Nascimento, apenas 11% do mercado de geladeiras é ocupado pelas classes C,D e E — anteriormente, este valor já chegou a 36%. Segundo ele, a tendência é de piora com o novo programa do governo. 

Ministério de Minas e Energia publicou resposta
Por meio de nota oficial, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma resposta em relação ao suposto aumento do preço das geladeiras. O texto aponta que “a afirmação da Eletros é inverídica e irresponsável, com o único objetivo de causar comoção”. 

Conforme sugere o comunicado do MME, 17 dos 25 refrigeradores de uma porta já atendem às normas previstas, mas o órgão não chega a informar a faixa de preço destes modelos. Com isso, apenas oito modelos precisariam ser retirados do mercado, ou mesmo adaptados para seguir as novas recomendações.

O MME também enfatizou uma projeção anterior feita pela própria Eletros, cujo relatório estimou um aumento de 23% nos preços, o equivalente a R$ 350 em média, número que seria 10 vezes menor que o informado pela associação à imprensa. Mais do que isso, a economia significativa de energia proporcionada pela iniciativa “compensaria o investimento inicial maior”, aos olhos do Ministério.

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