Futuro ministro de Bolsonaro defende uso de atiradores de elite para conter criminosos

Por: Array / Agência Rádio  Data: 01/11/2018 às 14:10

General Augusto Heleno disse que ‘direitos humanos são basicamente para humanos direitos’ e que ‘essa percepção não tem acontecido’

Apontado como ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), o general Augusto Heleno disse em entrevista nesta quarta-feira (31) que apoia a proposta do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de usar atiradores de elite para conter criminosos que estejam fortemente armados.

A justificativa do militar é que no Brasil não há redução da criminalidade ou do crime organizado e afirmou ainda que é fundamental respeitar os direitos humanos, mas que “existem valores invertidos nessa história”.

Segundo Heleno, o Brasil é o maior consumidor de crack do mundo, o segundo de cocaína, e o local “onde mais passa droga do planeta”. Sobre o uso de atiradores especializados, os chamados snipers, para conter bandidos com armas de guerra, o militar explica como funcionaria o que chamou de “abate de criminosos”.

“Não é uma autorização para matar indiscriminadamente. Precisa ter um critério muito bem consolidado. Precisa haver um treinamento bem feito das tropas para que isso seja respeitado. Tivemos essa regra no Haiti durante mais de dez anos e não há casos de execuções indiscriminadas. É uma questão de treinamento e, de pouco a pouco, se readquirir o respeito.”

Ao comentar sobre o momento político do país, o general Augusto Heleno disse que o governo de Bolsonaro marca uma nova etapa do país.

“Temos muito o que fazer. Temos que esquecer esses confrontos de campanha. Tudo isso tem que ser deixado de lado agora. Vamos trabalhar pela reconstrução desse país, que é um país fantástico e que merece chegar muito mais longe do que chegou até hoje.”

Ao falar do convite para ser ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva declarou que se sente honrado e que “missão dada é missão cumprida”. No entanto, ressaltou que só vai se considerar ministro após ter seu nome publicado no Diário Oficial.