Pedro Henrique sofreu grave traumatismo craniano e esteve em coma por duas vezes
Um acidente doméstico, ocorrido em setembro do ano passado, deixou o adolescente Pedro Henrique Saturnino da Silva, de 14 anos, entre a vida e a morte e internado no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, por quase quatro meses. O garoto sofreu grave traumatismo craniano-encefálico, depois que caixas de um paredão de som caíram por cima de Pedro Henrique.
O acidente aconteceu na noite do dia 16 de setembro, na garagem da residência de seus pais, localizada no bairro Boa Vista, na cidade de Arapiraca. Socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital de Emergência do Agreste, Pedro Henrique ficou internado na Área Vermelha.
O pai do garoto, o vidraceiro Cícero Luiz da Silva, que é popularmente conhecido como Júnior, lembra que a equipe médica do hospital só decidiu fazer a cirurgia uma semana após a internação de Pedro Henrique. “Ele teve vários sangramentos e o cérebro ficou inchado. Foi um momento muito difícil para meu filho e para todos nós”, conta emocionado Cícero Luiz, acompanhado da esposa, a higienista Ana Saturnino da Silva, e da mãe dela e avó do garoto, a dona de casa Creusa Saturnino.
Passado o momento mais crítico, uma semana após a internação, a equipe comandada pela neurocirurgiã Jeane Pereira Ricardo realizou com sucesso a cirurgia em Pedro Henrique. “Uma pessoa da família já havia sido operada pela médica, anos atrás, em Maceió, e por isso ficamos ainda mais seguros e confiantes no trabalho da equipe”, salientou o pai do garoto.
Segundo Cícero Luiz, a cirurgia foi bem-sucedida, mas os médicos não esconderam a gravidade do estado de saúde do adolescente, que ficou várias semanas internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. “Quando meu filho entrou na UTI, rezei muito e sempre acreditei que Deus tinha um propósito maior para ele”, enfatizou Ana Saturnino.
Durante o período, Pedro Henrique ficou duas vezes em estado de coma. “Nesse momento, outros anjos, os médicos Felipe Santos e Lucas Rodrigues, também entraram em nossas vidas e ajudaram muito no tratamento e na recuperação de nosso filho”, acrescentou.
Para os familiares de Pedro Henrique, toda atenção dedicada merece agradecimentos não somente pela parte técnica e profissional, mas também pela humanização no atendimento. “Abandonamos nossos trabalhos e estamos aqui no hospital já faz quase quatro meses, e estamos acompanhando essa prática e dedicação da equipe bem de perto”, acrescentou a dona de casa.
Atualmente, Pedro Henrique já conversa, se alimenta normalmente e até utiliza o telefone celular como passatempo predileto. Nesta segunda-feira (6), o paciente recebeu alta médica, em clima de alegria e muita gratidão a toda equipe médica e servidores do hospital, para terminar o tratamento em casa, ao lado dos pais, familiares e amigos.