Estudante aprovada na primeira chamada do IFAL é desclassificada por banca de heteroidentificação

Por: AlagoasWeb  Data: 02/04/2024 às 17:56

Mesmo tendo certidão do órgão expedidor que comprova sua autodeclaração, estudante aguarda fora da sala de aula a decisão final da justiça

Arquivo da familia
Família de Leilane recorreu da decisão da banca e apresentou provas contundentes à Justiça Federal de Alagoas

A estudante Leilane Beatriz, 15 anos, residente em São Miguel dos Campos, aprovada no curso de Técnico de Segurança do Trabalho (matutino), no processo seletivo IFAL 2024, está impedida de estudar.

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Estudante aprovada na primeira chamada do IFAL é desclassificada por banca de heteroidentificação

Beatriz, que também é atleta destaque em karaté, deveria estar a mais de um mês estudando no campus São Miguel dos Campos, mas seu sonho de entrar para a instituição federal foi interrompido e ela está fora da sala de aula.

Para conseguir estudar, os pais da atleta foram obrigados a ingressar com uma ação na Justiça. “Estamos aguardando uma decisão judicial favorável em resposta a desclassificação por parte da banca examinadora de heteroidentificação, pelo fato de Leilane ter prestado o exame e se autodeclarar parda”, explica o pai da adolescente.

A família de Leilane Beatriz recorreu da decisão da banca e apresentou provas contundentes à Justiça Federal de Alagoas.

Estudante aprovada na primeira chamada do IFAL é desclassificada por banca de heteroidentificação

Alguns detalhes chamam atenção no caso, entre eles, o fato de que os documentos anexados ao processo, para comprovar a autodeclaração da estudante, está uma certidão do Instituto de Identificação de Alagoas, órgão responsável por emitir a carteira de identidade – RG da estudante.

O documento oficial com foto é imprescindível para a realização da prova do IFAL.

Na certidão oficial do órgão de perícia do estado é reconhecido que a jovem, de fato, é parda, informação esta que também aparece no sistema de emissão de carteira de identidade do Estado de Alagoas, ainda assim não foi considerada pela banca examinadora.

A família espera que a haja celeridade e o processo tenha uma definição o mais breve possível, já que Leilane Beatriz esta sem estudar a quase um mês.

AlagoasWeb/Arq

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