Segundo fiscalização, foi constatada propaganda enganosa. Ministério da Saúde alerta para evitar notícias falsas sobre o coronavírus
Uma mulher foi presa na tarde desta segunda-feira (9) em uma farmácia de manipulação da qual é proprietária, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, após estar vendendo um medicamento intitulado de “anticoronavírus”, o que ficou caracterizado pelos órgãos de fiscalização como propaganda enganosa. As informações sobre a proprietária e a farmácia não foram divulgadas oficialmente pelos fiscalizadores.
De acordo com o promotor Bergson Formiga, a prisão aconteceu após uma operação em conjunto do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Polícia Civil, Vigilância Sanitária Municipal e Receita Estadual apurar uma denúncia referente a um anúncio de venda do medicamento.
“Recebemos a denúncia e logo reunimos uma equipe com os órgãos competentes para averiguar a situação. Ficou constatado que o estabelecimento estava fazendo a venda desse medicamento, o que ficou caracterizado como propaganda enganosa. A dona da farmácia foi presa em flagrante”, disse.
Licença vencida
Ainda conforme o promotor, além da venda ilegal do medicamento, a operação constatou que estavam sendo comercializados no local medicamentos fora da validade e que a licença de funcionamento estava vencida. “Constatamos que outros medicamentos estavam sendo comercializados fora da validade e que a licença de funcionamento da farmácia estava vencida”, completou.
Farmácia
Após a confirmação da prisão da empresária, o Portal Correio tentou contatar a farmácia para esclarecimentos quanto à venda do medicamento, mas as ligações não foram atendidas em nenhum dos três telefones disponíveis nas redes sociais. A farmácia foi fechada pelos órgãos fiscalizadores e não tem previsão para ser reaberta.
Segundo apuração da TV Correio, a dona da farmácia alegou que uma empresa de marketing digital estava cuidando das redes sociais e teria postado a publicidade com o termo “anticoronavírus” sem autorização dela.
Coronavírus
É importante frisar que, apesar de existirem indicações sobre produtos eficazes contra o coronavírus, como por exemplo o álcool em gel, a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda não relatou nenhum tipo de medicamento capaz de deter o vírus, sendo qualquer anúncio do tipo caracterizado como fake news e propaganda enganosa.