O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi chamado de “chupetinha” durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça-feira (28/3).
Nikolas se referia ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), quando foi interrompido pelos seus colegas. “Posso continuar?”, perguntou o deputado federal de Minas Gerais e um colega respondeu:
“Vai, chupetinha”.
Nikolas se irritou após a situação. Antes do momento, alguns parlamentares disseram para o parlamentar colocar peruca e se referiram a ele como “Nicole”, relembrando uma fala do próprio Nikolas no Dia Internacional da Mulher. Colegas denunciaram o pronunciamento como transfóbico.
A sessão da CCJ era comandada por Rui Falcão (PT), presidente do colegiado. A fala direcionada a Nikolas chegou a ser atribuída ao petista, mas a assessoria dele negou que ele tenha proferido o apelido homofóbico a Nikolas Ferreira durante à sessão da CCJ. Segundo a assessoria, o microfone de Falcão estaria desligado no momento em que o apelido foi dito na CCJ.
Desmentido
Em nota à imprensa na noite desta terça, Rui Falcão novamente negou que tenha chamado o colega por apelido e disse que “repudia com veemência as informações noticiadas em veículos de comunicação” de que teria sido ele o autor da fala.
Segundo a nota, ao passar a palavra ao parlamentar, Rui Falcão, inclusive, desligou o seu microfone. O presidente da CCJ afirma que não conseguiu ver quem foi o autor do xingamento contra Nikolas.
Apelido
O apelido “chupetinha” é utilizado por opositores de Nikolas Ferreira para difamar o deputado federal. Ele passou a circular após um vídeo divulgado em outubro de 2022 e atribuído ao político mostrar o momento em que ele supostamente estaria realizando sexo oral em outro homem.
Nikolas negou que seja ele no vídeo e afirmou que o caso não passa de uma “difamação” contra ele.
Flávio Dino na CCJ
A CCJ contou com a participação de Flávio Dino para discutir as ações do governo federal após os atos de vandalismo protagonizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a política de controle de armas do atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A sessão foi marcada por bate-boca e troca de alfinetadas entre os deputados governistas e de oposição.
Os parlamentares questionaram Dino sobre sua viagem ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e a depredação da Praça dos Três Poderes em janeiro.