Tudo parecia estar encaminhado para uma vitória significativa de Paulo Dantas (MDB) no 2º turno das eleições em Alagoas, mas os últimos acontecimentos construíram uma nova narrativa e o Estado pode viver o que aconteceu na eleição de Teotônio Vilela e João Lyra, em 2012, quando já se dava como certa a vitória de Lyra e uma onda azul mudou o rumo das eleições naquele ano.
Incentivada por denúncias de corrupção e o próprio afastamento do governo, pesquisas realizadas de forma diária (tracking, pesquisas feitas diariamente pela direção de campanha do candidato Rodrigo Cunha), demonstram que o resultado da eleição poderá ser diferente do que ocorreu no primeiro turno.
Começando por Arapiraca, a terra de Cunha, por lá as tracks já apontam uma virada, com um resultado esmagador de Rodrigo, que no primeiro turno perdeu apenas por um ponto percentual.
Na capital os números não são diferentes e também apontam uma virada do senador alagoano contra Paulo Dantas. “Hoje, somando todos os municípios, já visualizamos o empate técnico de Rodrigo”, pontua um dos coordenadores da campanha de Cunha.
Do outro lado, Paulo Dantas sofre diariamente com o desgaste e constantes ataques distribuição em conteúdo de redes sociais e inserções diárias do guia eleitoral, que lembra, de forma veemente e detalhada, seu julgamento no STJ, quando a ministra que conduz o caso expos de forma clara, o envolvimento do governador, agora afastado, em um grande esquema de corrupção.
A compra de 25 apartamentos em dinheiro, uma casa em um condomínio de luxo avaliada em mais de R$ 8 milhões e as contas fantasmas de 93 servidores, leva o jogo político para outro patamar, que pode, inclusive, mudar o resultado da eleição para o Governo de Alagoas.