Coronavírus se chama oficialmente Covid-19, nome oficial dado pela OMS

Por: Redação / Divulgação  Data: 13/02/2020 às 13:42

A Organização Mundial de Saúde bolou o nome oficial Covid-19 para designar a doença do coronavírus que surgiu na China e está criando alarme.

Coronavírus tem novo nome: Covid-19

Em uma conferência de imprensa, realizada no passado dia 11 de fevereiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou que a doença do coronavírus, que surgiu na China em janeiro e está agitando o mundo, passará a ter um novo nome oficial: Covid-19. A OMS acrescentou também que não é hora de jogar jogos de roleta com a sorte relativamente ao Covid-19, e que os governos e as autoridades mundiais devem tratar esse vírus como o “inimigo público n.º 1” da Humanidade no momento atual.

Como é feita a escolha do nome?

O Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus já havia dado um nome ao vírus propriamente dito, designando-o de SARS-CoV-2. Todavia, a OMS (um organismo que faz parte da estrutura da Organização das Nações Unidas) ainda não havia se pronunciado sobre a questão. A partir de agora, todo o mundo pode começar a utilizar um nome oficial, escolhido pela OMS que, sendo parte das Nações Unidas, representa a quase totalidade dos países do planeta, que dela são membros.

Porquê a escolha do nome Covid-19?

A OMS explica que o nome é escolhido para ser o mais neutro possível, e ao mesmo que seja fácil de pronunciar na maioria dos idiomas. Covid-19 é um nome que não faz referência a um país ou origem geográfica, nem a nenhum animal (até porque ainda não é 100% certo que a origem do vírus tenha sido um tipo de morcego, embora a OMS tenha avançado que existem evidências fortes nesse sentido). É importante que o nome seja neutro para evitar situações de discriminação e injustiça, como aconteceu durante a “gripe espanhola” há um século, que nem sequer surgiu na Espanha.

Quanto ao nome escolhido, sua origem é realmente simples. “Co” vem de “corona”, pelo fato de esse vírus ser um dos vários que fazem parte da categoria “coronavírus” (é fato, isso é uma categoria de vírus e não apenas um). “Vi” vem de vírus; o “D” é de “doença” (“disease”, no inglês que é a língua de trabalho e universal). E o n.º 19 se refere ao ano em que o vírus surgiu entre os humanos, pois está comprovado que já estava se espalhando em dezembro, ainda que os alertas tenha aparecido apenas em janeiro.

A comparação que está faltando com a gripe comum

A OMS não gosta de criar alarme sem motivo – e é fato que demorou até considerar o Covid-19 como uma situação preocupante a nível global. Por isso mesmo, o alerta da organização, declarando o vírus como inimigo público n.º 1, deve servir para alertar consciências e reforçar os procedimentos de segurança. Prevê-se que o desenvolvimento de uma vacina contra o Covid-19 possa demorar mais de um ano.

De qualquer forma, os dados indicados até agora mostram que a taxa de mortalidade do Covid-19 é bastante baixa (cerca de 1%, de acordo com o Bloomberg). Se é preocupante pelo fato de não haver cura nem vacina, é igualmente verdade que a grande maioria dos pacientes está recuperando. Especialistas apontam que a gripe comum faz mais mortos a nível mundial, tanto em nível de porcentagem como em nível absoluto – e isso apesar da vacina existente. O medo do desconhecido e da novidade está contribuindo, em parte, para o alarme que se está vivendo no planeta.

Nem vale a pena comparar o Covid-19 com pragas do passado distante, como a Peste Negra, matando entre um terço e metade da população da Europa (dependendo da região) nos anos após 1348.

Brasil ainda sem casos

No momento em que esse artigo está sendo redigido, o Brasil continua sem casos confirmados de pacientes infetados com o vírus Covid-19. As autoridades estão investigando os casos de viajantes e os procedimentos de quarentena estão sendo respeitados. As sucessivas análises de pessoas em quarentena, até o momento, deram negativo para coronavírus. No mais, o nível de reação imediata que os governos mundiais estão mostrando deverá ser uma força poderosa para impedir a progressão do contágio, nas próximas semanas.