Congestão nasal: o que é, causas, sintomas e tratamento

Por: Tua Saúde  Data: 21/02/2022 às 10:25

A congestão nasal, também conhecida popularmente como nariz entupido, é uma situação muito frequente em caso de infecção das vias respiratórias e alergias, já que essas condições provocam a inflamação da mucosa nasal e dos vasos sanguíneos, aumentando a produção de muco, que fica acumulado e pode dificultar a respiração.

Essa situação pode ser acompanhada por sintomas como roncos, apneia do sono, tosse, febre e dor de garganta, além de também poder dificultar a amamentação, no caso dos bebês. Caso a congestão nasal dure mais de 1 semana e não seja devidamente tratada, pode resultar em sinusite, que deve ser tratada com antibióticos de acordo com a orientação do médico.

Assim, é importante que em caso de congestão nasal, o médico seja consultado, pois dessa forma é possível avaliar outros sintomas que possam estar presentes, identificar a causa e indicar o uso de remédios, como descongestionantes nasais ou medicamentos para aliviar os sintomas.

Principais sintomas

A congestão nasal pode surgir em qualquer momento e ser acompanhada por alguns sintomas, como dificuldade para respirar, roncos, dificuldade na amamentação, no caso de bebês, e apneia do sono, que é uma situação caracterizada pela parada momentânea da respiração durante o sono.

Além disso, dependendo da causa da congestão nasal, é possível que surjam outros sintomas como febre, dor de garganta, tosse, espirros, coriza, dor de cabeça e no corpo e cansaço excessivo, por exemplo.

Assim, na presença de congestão nasal e sintomas associados, é recomendado que o clínico geral ou otorrinolaringologista seja consultado, pois assim é possível que seja feita uma avaliação dos sintomas apresentados e exames que podem ajudar a identificar a causa.

Causas de congestão nasal

A congestão nasal acontece devido a uma inflamação da mucosa nasal, das estruturas internas do nariz e dos vasos sanguíneos dessa região, resultando em um inchaço local e aumento da produção de muco, o que causa dificuldade para respirar. As principais causas de congestão nasal são:

  • Infecção das vias respiratórias altas, ou seja, que afeta nariz e garganta, como gripe, resfriado, pneumonia e coqueluche;
  • Alergia respiratória, como alergia a pelo de animais, pólen e pó, por exemplo;
  • Uso prolongado e frequente de descongestionantes nasais;
  • Alterações no nariz, como desvio de septo e pólipos nasais;
  • Asma.

Além disso, algumas situações, apesar de não serem capazes de causar a congestão nasal, podem estimular essa alteração, como a poluição do ambiente, o tempo seco e as mudanças bruscas de temperatura.

Congestão nasal e COVID-19

A COVID-19 é uma doença que provoca uma inflamação no organismo, incluindo o sistema respiratório, de forma que algumas pessoas podem apresentar congestão nasal como um dos sintomas da infecção. Além da congestão nasal, a COVID-19 pode ter como sintomas febre, dor de garganta, dor de cabeça, mal estar geral, tosse e, nos casos mais graves, dificuldade para respirar.

Como é feito o tratamento

O tratamento para congestão nasal pode ser feito por meio de medidas caseiras ou através de medicamentos indicados pelo médico e, por isso, é importante que o clínico geral ou otorrinolaringologista seja consultado para que seja feita uma avaliação e, assim, indicado o tratamento mais adequado.

Tratamento caseiro

O principal tratamento caseiro para congestão nasal que pode ser indicado pelo médico é a lavagem nasal com água salgada morna, vaporizações e aumento do consumo de água durante o dia.

Além disso, o médico pode recomendar, em algumas situações, o uso de soluções de água de mar, já que possuem propriedade anti-inflamatória e antialérgica, diminuindo os sintomas da congestão nasal.

Remédios para congestão nasal

O tratamento com remédios pode variar de acordo com a causa da congestão nasal e os sintomas associados, podendo ser indicado o uso de remédios vasoconstritores, por via nasal ou oral, com o objetivo de fazer com que os vasos sanguíneos do nariz voltem ao seu tamanho normal, aliviando a congestão nasal e facilitando a respiração.

Alguns medicamentos que podem ser indicados são Fenilefrina, Oximetazolina ou Pseudoefedrina, por exemplo, sendo os descongestionantes nasais mais utilizados que os orais devido aos efeitos secundários, já que o uso oral desse tipo de medicamento pode causar alteração dos batimentos cardíacos, arritmia e aumento da pressão arterial, em alguns casos.

Apesar de serem frequentemente indicados, o uso de descongestionantes não é recomendado em caso de hipertireoidismo, hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas e para pessoas que estejam fazendo uso de medicamentos inibidores da monoamina oxidase (IMAO). O uso durante a gravidez e o período da amamentação deve ser avaliado pelo médico.

Além disso, no caso da congestão nasal ter sido associada a infecções, pode ser indicado o uso de antibióticos ou antivirais, além do uso de anti-histamínicos, no caso de congestão devido à alergia, e uso de medicamentos analgésicos e/ ou antitérmicos, de acordo com os sintomas apresentados

Possíveis complicações da congestão nasal

A congestão nasal pode levar ao desenvolvimento de complicações caso não seja tratada corretamente ou quando o tratamento foi iniciado tardiamente ou não foi realizado conforme a orientação do médico.

Assim, como consequência da congestão nasal, é possível haver o desenvolvimento da sinusite, que é uma inflamação da mucosa dos seios paranasais que pode ter como sintomas dor de cabeça, coriza e sensação de peso na cabeça e no rosto.

Nas crianças, a principal complicação, é a diminuição da capacidade auditiva, já que as estruturas do nariz estão ligadas às do ouvido, de forma que a inflamação do nariz poderia causar alteração na percepção do som e, em casos mais graves, o desenvolvimento da fala.

O uso de descongestionantes nasais de forma prolongada e frequente pode também causar congestão de rebote, que é caracterizada pela perda da função do medicamento. Ou seja, ao invés de promover o alívio da congestão, esse remédio faz com que a mucosa do nariz permaneça inflamada, tornando os sintomas persistentes.