Como saber se estou falando com uma IA ou uma pessoa?

Por: Oficina da Net  Data: 25/07/2023 às 06:23

A evolução das IAs generativas capazes de criar textos e conversar em linguagem natural faz a experiência de falar com chatbots se parecerem cada vez mais com diálogos com pessoas reais.

Como saber se estou falando com uma IA ou uma pessoa?
Chatbots com IA conseguem conduzir conversas em linguagem natural com as pessoas (Imagem: Vecstock/Freepik)

Como saber se estou falando com uma IA ou uma pessoa?

Ferramentas como o ChatGPT e o Bard não apenas produzem respostas diretas às solicitações dos usuários, como podem fazer isso simulando até um bate-papo descontraído, com uso de interjeições e figuras de linguagem.

7 dicas para saber se você está falando com uma IA

Esses avanços da inteligência artificial nos faz questionar se estamos falando com uma IA ou uma pessoa real quando, por exemplo, buscamos atendimento através de um chat online.

Há, no entanto, alguns sinais que podem revelar quando as respostas são geradas por inteligência artificial. Veja as principais pistas para identificar uma IA:

1. Falta de emoção
Talvez a principal pista quando estamos falando com uma IA é a questão da emoção. Os chatbots são desprovidos de sentimentos e não conseguem dar respostas satisfatórias quando alguma emoção ou interpretação pessoal é exigida.

2. Rapidez nas respostas
Outro sinal de que as respostas geradas são fruto do trabalho de uma inteligência artificial é a velocidade. As pessoas levam mais tempo para digitar e analisar as informações do que as máquinas. Textos gerados com muita rapidez são provavelmente de uma IA.

3. Erros gramaticais ou de digitação
Além de apresentar velocidade na composição de mensagens, os chatbots também são treinados com a gramática correta. Erros gramaticais ou de digitação geralmente são cometidos por humanos, não por máquinas.

4. Isenção de responsabilidade
A alta popularidade dos modelos mais recentes de IA generativa obrigou as empresas desenvolvedoras a incluir avisos de isenção de responsabilidade como forma de justificar possíveis respostas “alucinadas” da inteligência artificial.

5. Questões sensíveis

Na mesma linha da isenção de responsabilidade, as IAs preferem não responder a perguntas consideradas sensíveis ou que possam esbarrar em alguma questão que viole seus termos legais.

6. Fatos recentes
Chatbots alimentados por modelos de linguagem de larga escala treinados em uma base de dados mais antiga, como o GPT-3.5, não conseguem fornecer respostas sobre acontecimentos recentes.

7. Padrões e repetições
Os chatbots também tendem a seguir a mesma estrutura de construção de frases, utilizando com frequência o mesmo padrão. Similarmente, eles podem repetir perguntas como “Posso te ajudar com mais alguma coisa?” para tentar encerrar uma conversa.

Onde estão os chatbots de IA?

As IAs conversacionais podem ser ferramentas produtivas em diversas áreas, com aplicações e resultados bastante distintos. No Brasil, os chatbots utilizados no e-commerce ainda pecam em entender os clientes. Já um estudo nos Estados Unidos sugere que eles são mais atenciosos do que os médicos ao responder dúvidas de pacientes.

Por outro lado, sites fraudulentos são conhecidos por usar chatbots para roubar dados dos usuários — o que reforça a importância de conseguir identificar quando falamos com uma IA.

Os modelos de linguagem de larga escala, no entanto, continuam evoluindo e aprendendo cada vez mais a se comunicar com naturalidade com as pessoas.