Não há dúvidas quando o assunto é sobre o formato do Campeonato Brasileiro, mesmo com todos os imprevistos das últimas semanas e incertezas futuras. Aliás, é melhor dizer que é exatamente por esses motivos que os clubes da série A e B são irredutíveis quanto as 38 rodadas do brasileirão.
O fato é que com a paralisação dos campeonatos devido a pandemia pelo coronavírus, os clubes estão muito preocupados com os seus orçamentos, uma vez que não estão arrecadando fundos com bilheteria de jogos, alguns patrocínios foram suspensos e até cancelamentos de sócios-torcedores, já que não podem acompanhar os resultados de futebol. Por esse motivo, tantos os diretores dos times quanto a CBF acreditam que será muito importante permanecer com as tradicionais 38 rodadas para garantir o contrato pelos direitos de comissão.
“O campeonato tem de ser no formato original, até porque devemos ter uma queda de receita muito grande em relação a público, talvez com jogos com portões fechados no início do campeonato. É importantíssimo que tenhamos o dinheiro da televisão. E ela já sinalizou que pode fazer uma redução proporcional do valor a ser pago caso o campeonato não seja disputado em 38 rodadas”, afirma Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG.
Reajuste do ‘Brasileirão’ deverá mexer com os outros campeonatos que estão em andamento
Para manter o formato tradicional de 38 rodadas será necessário reajustar o cronograma do campeonato. O ‘Brasileirão’ teria início no primeiro final de semana de maio. Porém, com a prorrogação das férias coletivas dos jogadores por mais 10 dias, ficou inviável permanecer com essa programação.
Com o início do Campeonato brasileiro sendo adiado, o término das 38 rodadas aconteceria somente em 2021. O problema é que quando o futebol nacional parou, os campeonatos estaduais e regionais, caso da Copa do Nordeste, ainda estavam em disputa, assim como a Copa do Brasil, a Copa Libertadores e a Sul-Americana.
Alguns clubes defendem a ideia de priorizar o ‘Brasileirão’, mesmo que seja necessário modificar os estaduais. “O carro-chefe do futebol brasileiro são as competições nacionais. Devemos priorizar o começo e recomeço do Brasileirão e Copa do Brasil. Os Estaduais não precisam ser extintos, mas devem se adaptar ao calendário do futebol nacional”, diz o presidente do Atlético-GO.