Uma nova estratégia foi desenvolvida para reforçar a resposta imunológica do corpo contra o HIV. Os cientistas do Albert Einstein College of Medicine conseguiram com sucesso realizar os testes das infecções por HIV em camundongos, abrindo um caminho para uma cura funcional para doença e outras infecções virais crônicas.
A pesquisa envolveu proteínas projetadas para estimular seletivamente as células “assassinas” do sistema imunológico para se multiplicar e atacar especificamente as células T infectadas pelo HIV. O autor Steven Almo, desenvolveu as proteínas sintéticas, que são conhecidas como synTac – abreviação de “sinapse para ativação de células T”.
Funciona da seguinte forma, o HIV infecta as células T CD4 + do sistema imunológico e nos últimos 25 anos, as pessoas infectadas conseguiram controlar sua infecção por meio da terapia antirretroviral (ART), que é uma combinação de vários medicamentos que evitam que o vírus infecte novas células e se multiplique dentro delas.
“É improvável que qualquer estratégia de tratamento possa remover todas as células T infectadas de forma latente”, comentou Dr. Harris Goldstein. Segundo ele, o “objetivo com o synTac é uma ‘cura funcional’, na qual a poderosa resposta imunológica induzida pelo synTac suprime o HIV a níveis indetectáveis”.
Sendo assim, para sangue de doadores humanos infectados com HIV ou CMV, os synTacs específicos para a mobilização de respostas imunes contra esses vírus desencadearam a multiplicação seletiva e vigorosa de células T CD8 + que exibiram atividade antiviral potente de HIV ou CMV.
Em seguida, os pesquisadores injetaram por via intravenosa synTacs específicos para HIV ou CMV em camundongos infectados por vírus com sistemas imunológicos “humanizados” , os quais permitem que ocorra aa infecção por vírus que afetam pessoas, como HIV e CMV. As proteínas synTac desencadearam as células humanas específicas do HIV para um aumento de 32 vezes.
Os camundongos infectados por HIV e CMV, com o grande número de células estimuladas suprimiu as infecções virais, dando a concluir que os synTacs podem oferecer novas oportunidades para a cura funcional do HIV e tratamento de CMV, além de outras infecções virais.