Na última sexta-feira (19), alunos de seis escolas de São Miguel dos Campos participaram, na unidade do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) do município, do lançamento da 2ª edição do projeto “São Miguel dos Campos na Olimpíada de Química”.
Com o auditório lotado, os visitantes presenciaram a entrega de medalhas e certificados de reconhecimento para professores que colaboraram para a divulgação da competição.
Receberam medalhas de prata os alunos Lamon Florentino dos Santos, do Campus São Miguel, e Railan Nobre Alves, da unidade de Maceió. O bronze foi dado aos estudantes Adriel Targino da Silva, da Escola Estadual Professora Edleuza Oliveira da Silva, além de Cecília Nayara Oliveira de Queiros, do Ifal de Palmeira dos Índios.
À frente da premiação, os próprios participantes do projeto de extensão fizeram apresentação cultural, recepcionaram os convidados externos e ainda realizaram uma visita guiada às instalações do Campus São Miguel.
Os presentes também ouviram o relato do miguelense e egresso do Ifal, Melksedek Lima, que foi medalhista em diferentes competições de conhecimento científico. Atualmente aluno da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, ele comentou como participar desses eventos contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal.
“Foi no Colégio A Caminho da Vida, ainda no Ensino Fundamental, que eu tive o primeiro incentivo para participar das olimpíadas científicas: Astronomia, Física, Matemática e Química. Já era uma tradição da escola, há pelo menos 10 anos. Posso dizer que a participação delas foi fundamental na minha vida. Foi no primeiro contato com a Olimpíada que eu percebi que eu gostava e queria cursar Química no Instituto Federal de Alagoas. Eu cursei o ensino técnico em Química Industrial e infelizmente não terminei porque eu passei na USP, no segundo ano do ensino médio. Mas foi no Ifal que eu pude ter o acesso mais fundamentalista à Química”, recordou Melksedek.
Nova turma
Um dos idealizadores do projeto, o professor do Campus Palmeira dos Índios, Natiel Johnson, explicou que o Treinamento Intensivo para Olimpíada de Química neste ano acontecerá uma vez por semana, sempre aos sábados, quando os alunos terão acesso às aulas, orientações e apresentações de trabalho, visando não só a preparação de eventos como as olimpíadas Alagoana, Brasileira e torneios virtuais de Química, como também o interesse pela área de conhecimento.
Nesse ano, além de alunos do Ifal, estudantes das escolas estaduais de Ensino Integral Edleuza Oliveira da Silva, Tarcísio Soares Palmeira e Ana Lins, além dos colégios particulares A Caminho da Vida, Dom Bosco e Escola de Educação Básica Construtivistas podem participar do projeto. Os interessados devem preencher o formulário on-line.
Parceria entre docentes do Ifal
O projeto começou em 2021, quando Natiel e a professora do Campus São Miguel, Flávia Bartira, buscaram uma forma de preparar os alunos da unidade para a Olimpíada Brasileira de Química. Inicialmente eles pensaram em um treinamento de um mês, que era o tempo que faltava para a competição, mas logo resolveram dar continuidade ao projeto ao longo do ano.
“Por causa das restrições da pandemia, os projetos de extensão de 2021 só poderiam ser realizados de forma on-line; então a gente criou esse projeto e ficamos assim. A parte boa é que ele saiu do IF e foi ofertado para a comunidade. Daí a gente conseguiu três escolas parceiras de São Miguel e falar com os professores de Química dessas escolas. Eles faziam a divulgação do projeto e enviavam os alunos interessados para o treinamento. Aí a gente continuou o projeto durante o ano inteiro”, lembrou Natiel.
Apesar de professores da área de Segurança do Trabalho, a formação em comum, na área de Engenharia Química, aproximou Natiel e Flávia para a ideia não só de treinar os alunos para as competições científicas, mas de despertar o interesse deles pelo mundo da Química.
“Quando penso em extensão, eu penso nos princípios que a norteiam: que é formar cidadãos e prepará-los para o mundo do trabalho”, reforçou Flávia.