Beber duas canecas de cerveja por dia ajuda a reduzir risco de demência

Por: Addiction via Express  Data: 28/09/2022 às 14:46

De acordo com um novo estudo publicado na revista científica Addiction, o consumo moderado de cerveja pode reduzir o risco de demência, ao fornecer uma certa proteção contra o declínio cognitivo. Para chegar a essa informação, os cientistas analisaram os dados de 25 mil participantes.

Os resultados mostraram que as pessoas que bebem o equivalente a duas canecas por dia são 38% menos propensas a desenvolver demência do que as pessoas que não bebem. Uma redução acentuada também foi observada nos participantes que bebem mais cerveja, mas os especialistas envolvidos no estudo alertam contra o consumo excessivo de álcool.

Ao todo, a pesquisa revisou as informações de 15 estudos anteriores. Cada um continham dados sobre os hábitos de consumo de álcool e sobre as taxas de demência de pessoas com mais de 60 anos. Anteriormente, um artigo científico publicado na Nature Communications reforçou que beber uma cerveja todos os dias pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro.

Cerveja faz bem para a saúde?

Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: os não bebedores, bebedores ocasionais (1,3g de etanol por dia), bebedores leves a moderados (1,3g a 25g por dia), bebedores moderados a pesados ​​(25g a 45g por dia) e bebedores pesados ​​(mais de 45g por dia).

Para se ter um parâmetro, um litro de cerveja contém cerca de 16g de etanol, enquanto um copo de vinho de tamanho médio tem cerca de 18g. No entanto, o estudo alerta que beber mais do que 14 unidades garante o efeito reverso, levando a um risco 17% maior de ter demência.

“Enquanto outros estudos demonstraram que o uso pesado de álcool e os transtornos por uso de álcool estão fortemente associados a doenças neurocognitivas e são alvos-chave para a prevenção, o estudo atual questiona se a redução do uso de álcool do que o uso pesado em idosos com mais de 60 anos é uma estratégia de prevenção eficaz para demência do ponto de vista populacional ou de saúde pública”, aponta o estudo.