O motorista por aplicativo Daniel Rubens Pereira Brandão, de 30 anos, foi vítima de latrocínio. Esta é a conclusão dos delegados Fábio Costa e Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após a prisão de dois suspeitos do crime, praticado na noite da última terça-feira (7), na Rua da Areia, no bairro do Rio Novo, em Maceió.
O resultado da investigação foi apresentado durante coletiva de imprensa, realizada na manhã de hoje, na sede da DHPP, que, além dos delegados, contou com a participação da coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegada Tacyane Ribeiro.
Foram presos dois jovens, ambos de 19 anos, na operação que contou com o apoio do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) e o suporte do Grupamento Aéreo da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), além de policiais civis da DHPP. Eles foram localizados numa residência do conjunto Virgem dos Pobres III, no bairro do Vergel do Lago, na noite dessa quinta.
A investigação apontou que os suspeitos estavam juntos no dia do crime e tramaram cometer assaltos contra um motorista por aplicativo. Para isso, um dos presos falou com um adolescente de 16 anos, com quem mantinha contato nas redes sociais, para pedir uma corrida nestas plataformas de transporte. O menor atendeu à solicitação para a rota Vergel/Rio Novo.
Sem saber o que lhe esperava, Daniel aceitou a viagem e pegou os criminosos no local indicado. No destino, eles anunciaram o assalto e exigiram o dinheiro e o aparelho celular da vítima. “Pelos depoimentos, ao darem voz de assalto, os assaltantes tomaram o celular da vítima e exigiram que ele entregasse dinheiro. Como a vítima não tinha eles ficaram furiosos e acabaram disparando seis vezes contra o motorista”, revela o delegado Fábio Costa.
O corpo do motorista por aplicativo só foi encontrado na manhã do dia seguinte dentro do veículo Siena, de cor preta e placa PCF-4G51, utilizado pela vítima.
O adolescente que ajudou os criminosos também foi ouvido pela Polícia Civil. Ele disse que não sabia da real intenção quando recebeu a mensagem de um dos jovens preso, via redes sociais, solicitando a corrida pelo aplicativo. O menor alegou que não o conhecia pessoalmente, garantindo que o contato era, apenas, virtual.
Segundo o delegado Thiago Prado, os suspeitos eram acostumados a publicar fotos com armas e drogas nas redes sociais. “Eles pertencem a uma facção criminosa. Identificamos pichações no próprio quarto de um dos envolvidos, com a figura de um palhaço Coringa associado a símbolos de uma facção. Nas redes sociais, eles aparecem armados e ostentando o uso de drogas e incentivando o tráfico. Todos já possuem passagem na polícia pelo crime de roubo, além de ficar claro que eles estavam focados em cometer assaltos contra motoristas por aplicativo”, detalhou.
O trabalho investigativo continua para apurar se há outros envolvidos na trama.