A Secretaria de Saúde de Alagoas está em alerta para o aumento do número de notificações e casos confirmados de dengue em todo o estado. De dezembro de 2020 para 2021 os casos subiram de 65 para 119. Com as chuvas de verão, os mosquitos encontram mais pontos de água parada, onde se reproduzem, o que impacta nos índices de infestação nos municípios.
Levantamento realizado pela Vigilância do Estado revelou indíces preocupantes também em relação à zika e chikungunya, o que fez com que as ações de combate ao mosquito Aedes aegipty fossem intensificadas em todo o estado.
Além de ações rotineiras de limpeza e distribuição de materiais às secretarias municipais, o estado trabalha com a conscientização de moradores para o cuidado com a limpeza de suas casas e arredores. Nunca é demais lembrar que o mosquito se reproduz rapidamente, e para evitar o aumento dos criadouros, os cuidados com a limpeza devem ser redobrados. Atitudes simples, realizadas uma vez na semana, com a observação de focos de água, limpeza de calhas e caixas d’água são instrumentos potentes para afastar o mosquito.
A técnica da Vigilância e Controle das Arboviroses da Secretaria de Saúde de Alagoas alerta também para a necessidade de reconhecer e cuidar dos sintomas da doença: “os sintomas até podem ser confundidos com outras doenças; febre, dor no corpo, nos olhos, na cabeça, são os mais frequentes. O que não podemos esquecer é que essa doença é traiçoeira, ela pode nos levar rapidamente à morte.”
Ela alerta que ao sentir febre, o cidadão já deve pensar na possibilidade de ter contraído a doença, e além de se hidratar, é importante não se auto-medicar e procurar atendimento médico.
Situação do País
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
- Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
- Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
- Feche bem os sacos e lixo.
- Guarde os pneus em locais cobertos.
- Tampe bem a caixa-d´água.
- Limpe as calhas.
O Ministério da Saúde reforça a necessidade de que cada cidadão inspecione os lugares em que mora ou trabalha para que não sejam depósito de ovos do mosquito. O tema é tratado na Campanha Combata o Mosquito Todo Dia.
“A campanha traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para fazer uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça”, pondera o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.