Desde que decidiu deixar a carreira de publicitário para se dedicar integralmente às artes plásticas, em 2015, o artista alagoano Lucas Lamenha já teve obras expostas e vendidas nos Estados Unidos (tanto em galerias privadas como em eventos como o Burning Man, no deserto de Nevada), na Inglaterra (onde participou de sua primeira mostra internacional, em Londres, em 2017), Itália (em Milão, no ano passado), Espanha, Áustria e Suíça.
Nesta semana, contudo, o alagoano assinou um contrato que levará suas obras ainda mais longe: Lucas foi convidado a integrar o time de artistas da galeria Ting Ting Art Space, em Taipei, capital de Taiwan, em um contrato que vai expor e vender as obras do artista no mercado asiático de arte, um dos que mais crescem no mundo.
“Estou muito feliz não apenas por levar meu trabalho ao circuito de arte asiático, como também honrado por estar lado a lado com outros grandes nomes que integram o time da galeria”, diz Lucas, único artista brasileiro que estará ao lado de outros artistas contemporâneos como Rafa Macarrón, Moisés Yagües, Óscar Llorens, Gemma Holzer, Judas Arrieta, entre outros.
O contrato com a galeria asiática, com duração de cinco anos (com renovação automática), prevê o envio de aproximadamente 60 obras de arte por ano do artista e foi intermediada pelo brasileiro Ivan Pitoni, proprietário de três galerias nos Estados Unidos (duas em Atlanta, capital da Geórgia, e uma em Fort Lauderdale, na Flórida), que já representa os trabalhos do alagoano no mercado norte-americano.
Desde que começou a expor em galerias internacionais, as obras do alagoano começaram a atingir um novo segmento de público – e, como resultado, uma nova faixa de valor de mercado.
Com obras já expostas nos Estados Unidos à venda incialmente por valor superior a 10 mil dólares, o alagoano, que foi alvo de matérias em revistas de referência em arte contemporânea, como Art Market Magazine, passou a receber encomendas de telas maiores, algumas que chegam a quase dois metros e meio de largura, e devem ser vendidas pelo triplo deste valor. “Sempre procurei trabalhar também em telas menores, com valor mais acessível, mas, recentemente, a demanda das galerias tem feito com que me dedique mais a telas de maior proporção”, diz o alagoano, já trabalhando intensamente para enviar as primeiras 15 telas saídas de seu estúdio em Maceió que no início de agosto chegarão em Taiwan, no outro lado do mundo.