Natasha foi ferida no pescoço e no tórax; estado de saúde é considerado gravíssimo
Uma adolescente de 14 anos foi baleada no pescoço e no tórax, na tarde deste sábado (29), em Bebedouro (SP). Segundo familiares, o suspeito é um jovem de 20 anos, com quem ela manteve um breve relacionamento há cerca de seis meses. O rapaz estaria inconformado porque ela não quis levar a relação adiante.
Natasha Rodrigues está internada na Santa Casa de Barretos (SP). O hospital informou que a jovem passou por cirurgia, está sedada e é mantida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O quadro é considerado gravíssimo.
O atirador fugiu após o crime e ainda não foi localizado. O celular dele foi achado pela polícia no bairro Jardim Claudia, mas a arma utilizada também não foi encontrada.
O caso foi registrado na delegacia de plantão de Bebedouro.
Tiros
Prima da adolescente, Thais Paula diz que o crime aconteceu próximo à casa de Natasha, no bairro Residencial Bebedouro. A menina estava a caminho de um bar com uma amiga para comprar chicletes, quando foi abordada pelo suspeito.
“Ele já estava rodando ela durante o dia. A amiga chamou para ir até a casa dela para pegar dinheiro e comprar chiclete. A Natasha ficou sentada na calçada. Elas foram juntas para o bar e ele as seguiu. Ele perguntou se ela não daria outra chance a ele. Minha prima disse que não e continuou andando. Ele falou para ela não virar as costas pra ele de novo. Quando ela virou, ele atirou.”
Segundo Thais, o primeiro tiro atingiu a parte de trás da cabeça da adolescente. Natasha era ameaçada há cerca de um mês, mas preferiu não contar nada para a família. Ela havia ficado com o suspeito há alguns meses, mão não chegou a namorá-lo. Um dia antes do crime, uma irmã descobriu as mensagens no celular da menina, mas ela pediu para que ficasse calada.
De acordo com a prima, antes de fugir por uma região de pastagem, o suspeito efetuou o segundo disparo, atingindo o abdômen dela. Thais diz que ouviu os tiros e que ela e os vizinhos correram para saber o que estava acontecendo. Ao sair de casa, encontrou a adolescente ferida.
“Estamos numa angústia. Estamos nos sentindo impotentes, sem reação, sem força. Não sabemos o que vai se passar. Ela só saiu para comprar um chiclete. Foi muito rápido. Ela é uma criança”, afirma Thais.