Acusado de matar por engano primo de rival é condenado a 28 anos

Por: Ascom TJ-AL  Data: 28/09/2023 às 06:08
Acusado de matar por engano primo de rival é condenado a 28 anos
Acusado de matar por engano primo de rival é condenado a 28 anos (imagem: Stocksnap)

Acusado de matar, por engano, primo de rival no tráfico de drogas, Maycon Douglas da Silva foi condenado pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Maceió a 28 anos, quatro meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado. O júri popular, na terça, dia 26, foi conduzido pelo juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal. 

Acusado de matar por engano primo de rival é condenado a 28 anos

O réu não poderá apelar da sentença em liberdade. “Há nos autos elementos que indicam a periculosidade e a covardia em ter concorrido para a morte da vítima com terceiros, quando esta se encontrava desprotegida e desarmada, por motivação relacionada a facção criminosa”, afirmou o magistrado.

Maycon Douglas foi condenado pelos crimes de homicídio e corrupção de menores. Ao aplicar a pena, o juiz afirmou que a conduta social do réu é péssima e que o crime praticado pelo acusado merece elevada reprovação. “O réu agiu com frialdade, de forma premeditada, planejando antecipadamente com terceiros como seria a execução e efetivamente executando o crime em comunhão de desígnios com terceiros. Tudo isso é comprovado pelos relatos dos familiares da vítima”, comentou.

O caso
No dia 26 de novembro de 2017, por volta das 15h, em um conjunto residencial no Benedito Bentes, Maycon Douglas da Silva, acompanhado de dois adolescentes e por outros homens não identificados, matou Rafael Silva do Nascimento com disparos de arma de fogo, golpes de faca e pedradas.

De acordo com as investigações policiais, a vítima teria sido assassinada por engano no lugar de seu primo, que era integrante de facção criminosa rival.

Ainda segundo os autos, o primo da vítima já havia sofrido atentados que terminaram ceifando a vida de outros dois homens. A motivação do crime seria a disputa pelo tráfico de drogas na região e a guerra entre facções. Ao saírem do local do assassinato, os acusados ainda sequestraram um parente da vítima para garantir a fuga.

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