É um susto por dia nos supermercados. Os preços dos produtos sobem e descem a cada semana. Se você tem comprado tomate, feijão e leite, por exemplo, já percebeu que não dá para levar os produtos do primeiro mercado que entrar, senão vai ter prejuízo.Por isso, pedimos ajuda a um economista para ele ensinar o que devemos fazer para fugir dos preços altos. (veja 10 passos abaixo)
Alimentos e bebidas tiveram alta de 14,8% nos últimos 12 meses de acordo com o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. E não adianta falar que a inflação está baixa – em fevereiro, o IPCA ficou em 0,86%, – porque não é o que o consumidor sente no bolso.
“A inflação geral ficou em 5% [5,12% nos últimos 12 meses], mas a dos alimentos está em 15% e nossa cesta [básica] acumula 24% em São Paulo”, disse Patrícia Costa, supervisora da pesquisa de preços do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.about:blank
Do início de 2019 até agora, o preço da cesta básica de alimentos subiu 32,56%, também de acordo com o Dieese.
E como fazer a conta fechar no fim do mês, se não tem aumento de salário e os brasileiros estão sem o auxílio emergencial desde dezembro?
O Só Notícia Boa pediu ajuda ao economista Newton Marques, integrante do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal e ele preparou 10 passos pra gente economizar nas compras de supermercado.
10 passos para gastar menos no mercado
- Arrume tempo para visitar dois, ou mais supermercados.
- Faça pesquisa de preços, uma lista anotada e discriminada. É bom para comparar os últimos valores.
- Não compre sem comparar primeiro os valores, quantidade e qualidade.
- Se na comparação de preços o produto subiu muito, tente substituí-lo, ou até mesmo reduzir a quantidade a ser comprada.
- Compre apenas o que está faltando na sua casa.
- Reúna vizinhos ou familiares para fazer compras de grandes quantidades em Atacadão ou Ceasa e divida o valor com eles. Em geral, o preço médio sai mais barato que o comprado no varejo.
- Prefira comprar durante as promoções nos dias da semana. Em grande parte dos mercados, segunda-feira é dia das verduras. Terça, dia das frutas. Quarta é dia das carnes, etc. Isso ajuda a economizar.
- Cuidado com compras pequenas em mercados da quadra, ou próximos de onde você mora. Nem sempre pode ser vantajoso, apesar de ser mais cômodo.
- Veja qual o limite da sua renda para gastar com alimentos – desconte gastos com aluguel, transporte, alimentação, luz, água, condomínio, e outras despesas para ver quanto sobra. Uns gastam 30%, outros 40%, e até 50% do salário com alimentos. Se tiver que reduzir gastos desnecessários, não hesite: corte o que supérfluo.
- Cuidado também com o cartão de crédito e cheque pré-datado. Eles podem ajudar na hora da compra, mas o preço dos juros é alto se você não conseguir quitar o valor total do débito no mês seguinte.
Na prática
A veterinária Simone Rizzi está se virando nos 30 para segurar os gastos. Ela contou em entrevista ao Só Notícia Boa que está comprando em promoções e substituindo os itens mais caros.
“Para comprar melhor estou trocando as proteínas, carne por frango, porque assim consigo comprar uma quantidade maior e mais variada, e a carne compro bem menos atualmente. Produtos de limpeza, troquei por marcas menos conhecidas e mais baratas. E o restante dos produtos, eu aproveito as promoções”, disse.
“Eu estou fazendo as compras em supermercado grande, tipo Atacadão e comprando às vezes em mais quantidade para conseguir um preço menor. Acho que assim economizo mais”, afirmou.
Caso você não saiba mais onde cortar nos gastos, o economista dá outra dica:
“Se você se considera incapaz de organizar suas finanças da família, não tenha vergonha. Peça a alguém que saiba fazer pra te ajudar. Você vai descobrir que uma economia de 50 ou 100 reais, pode ser uma solução para administrar seus gastos mensais”, concluiu Newton.