Veja até onde a tecnologia de impressão 3D já foi
O uso da impressora 3D por indústrias está cada vez maior, e alguns setores pretendem utilizar a tecnologia em alguns processos produtivos no futuro. Isto ocorre, por exemplo, na indústria alimentícia. Exemplo é a empresa NovaMeat, localizada em Barcelona, Espanha, que lançou recentemente uma “carne vegetariana” feita de ervilhas, arroz e alga marinha.
Utilizando uma impressora 3D é possível colocar os ingredientes em filamentos
Ao usar uma impressora 3D, é possível colocar os ingredientes em forma de filamentos, forma semelhante a proteína que encontramos no músculo dos animais. De acordo com o fundador da startup, Guiseppe Scionti:
“Isso nos permite modular a textura do produto e mimetizar o sabor e as propriedades nutricionais de uma variedade de carnes e frutos do mar, assim como a aparência”
Guiseppe acredita que no próximo ano se torne realidade a possibilidade de restaurantes utilizar a técnica para “imprimir” uma de suas matérias prima, a carne.
Atualmente se vende mais de 1 milhão de impressoras 3D por ano
As impressoras 3D surgiram a 20 anos atrás e sua tecnologia revolucionou diversas indústrias. De diversas formas, estes dispositivos têm feito um grande sucesso no mundo. No ano de 2018, segundo a Grand View Research (empresa de pesquisa), foram vendidas 1,8 milhões de impressoras 3D globalmente e a perspectiva é de que este número aumente para 8 milhões até 2027.
De acordo com a pesquisadora sênior do IDC Europe, Galina Spasova:
“Novas possibilidades de aplicação da tecnologia são descobertas a todo momento, com o lançamento de materiais e máquinas todo ano.”
Tecnologias desenvolvidas a partir da impressão 3D
A “revolução da impressão 3D”, já dominou, por exemplo, o mercado automotivo. Hoje há impressoras capazes de imprimir pequenas peças em metal de carros e futuramente se pretende estender para peças maiores que costumam ser danificadas mais facilmente. Um exemplo disso é a parceria entre a HP e a Volkswagen, que se juntaram para inovar o mercado de veículos com esta tecnologia.
Na área da engenharia biomédica, cientistas já conseguiram imprimir uma pele viva com vasos sanguíneos. O feito foi conseguido pelos pesquisadores do Rensselaer Polytechnic Institute e pretende, com a nova técnica, fazer com que o enxerto de tecido não seja rejeitado quando aplicado em uma pessoa que necessita do procedimento.
Outro exemplo brilhante é o de uma startup brasileira, que utilizou a impressão 3D para criar uma nova forma de imobilizar membros do nosso corpo, trazendo inúmeros pontos positivos que o velho e tradicional gesso não possui. O produto é capaz de se moldar no membro com facilidade, oferecendo leveza, conveniência na hora de lavar e tirar, ser hipoalergênico e até sustentável!
Empresas de fones de ouvido in-ear custom, que possuem o formato do canal auditivo da pessoa, já estão utilizando-se da tecnologia da impressora 3D para agilizar o processo de fabricação dos CIEMs (custom in-ear monitors). Exemplo disso são as empresas Ultimate Ears, JH Audio e Unique Melody, que fazem as shells (conchas ou corpo dos fones) através da impressão 3D. Para fazer isto, é scaneado o molde que a pessoa enviou para a empresa (uma fonoaudióloga faz este trabalho em estabelecimentos de aparelhos auditivos), lapidado através de um software no computador e depois impresso com resina acrílica.
Veja como é feito o molde para posteriormente fazer uma impressão 3D do CIEM:
Confira abaixo um vídeo do processo de fabricação de um fone in-ear custom com a utilização de impressoras 3D e um scaner para tirar um molde digital do ouvido da pessoa:
Conclusão
Há infinitas possibilidades de utilização de materiais e formas. Com a devida técnica, acredito que se pode criar praticamente qualquer coisa que quisermos através de impressoras 3D. Tenha certeza de que só estamos no começo desta grande revolução da impressão 3D, que poderá ajudar a muitos nas mais diversas áreas.