Um veterinário foi infectado e acabou morrendo por uma doença extremamente rara, que é decorrente de um vírus conhecido como Monkey B. A vítima tinha 51 anos e o caso aconteceu em maio em uma cidade não divulgada da China, marcando o primeiro caso de morte em um humano no país em decorrência desse vírus.
O vírus Monkey B, também conhecido como herpes B, dificilmente atinge humanos, no entanto, quando isso acontece, os casos quase sempre são fatais. Em torno de 80% dos pacientes não tratados morrem por complicações do vírus, que ataca o sistema nervoso central, causando um severo inchaço no cérebro.
Apesar de grave e incomum, o vírus não é muito transmissível entre humanos, uma vez que, neste caso específico ocorrido na China, nenhum dos assistentes próximos ao veterinário testou positivo para o Monkey B, o que denota que a chance de ocorrer um surto da doença, mesmo que localizado é praticamente nula.
Mesmo levando em consideração que podem existir casos não detectados ou relatados do vírus Monkey B em humanos, especialistas garantem que ele é realmente muito raro. Além disso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) documentou apenas um caso de transmissão do vírus de um humano para outro.
Sem epidemia
Ou seja, apesar de ser um vírus que pula de animais para humanos, assim como o Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, é extremamente improvável que o vírus Monkey B cause um surto entre humanos. Isso acontece porque, em geral, ao chegar a um humano, o vírus da herpes B se vê em um “beco sem saída”, já que não se espalha para um segundo hospedeiro.
Contudo, autoridades sanitárias da China consideram a infecção um sinal de que trabalhadores, em especial os que interagem com animais selvagens, podem correr algum risco. Por isso, eles argumentam que seria necessário fortalecer a vigilância em macacos de laboratórios e pessoas que trabalham com esses animais.