Ícone do site AlagoasWeb

Verão pode aumentar o risco de cálculo renal

Cálculos renais surgem do excesso de cálcio e ácido úrico em excesso na urina

Verão pode aumentar o risco de cálculo renal

Chegou o verão, temporada de descanso e de viagens para muitas famílias brasileiras. Mas a mudança de hábitos alimentares por parte da grande maioria das pessoas, como o baixo consumo de água, maior ingestão de bebidas alcoólicas, de refrigerantes e consumo de comidas com alto teor de sal, é também motivo de alerta para um problema que afeta entre  10%  a 12% da população adulta do país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Estamos falando dos cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins. 

Publicidade
Receba as notícias do AlagoasWeb no seu WhatsApp            

Verão pode aumentar o risco de cálculo renal

Conforme estudo da Sociedade Brasileira de Urologia, a incidência da doença no verão aumenta, em média, 30% na comparação com outros períodos do ano. Segundo explica o médico urologista Rodrigo Rosa Lima, que também é cirurgião robótico e especialista em Transplante Renal pela Universidade de Brasília, os cálculos renais surgem do excesso de cálcio e ácido úrico em excesso na urina, formando cristais nas vias urinárias e rins, que têm como uma das principais funções filtrar impurezas do sangue. “O calor excessivo e umidade reduzida, que contribuem para que o paciente perca mais líquido. A urina concentrada também favorece essa formação dos cálculos urinários”, afirma Rodrigo Lima, ao explicar sobre outras causas para as pedras nos rins.

O médico diz também que esse líquido perdido pelo organismo não é reposto da maneira correta pelas pessoas. “O ideal, com o calor do verão, é que o consumo de água seja ainda maior e o consumo de álcool precisa ser moderado ou evitado nesta época”, explica o especialista. 

Ele também diz que fatores naturais, doenças genéticas também estão relacionados a um risco maior da pessoa desenvolver cálculos renais, além do próprio histórico familiar. “Quem tem parentes com pedras nos rins deve ter mais atenção e fazer exames para descobrir se também pode apresentar a doença”, completa o urologista. O médico ainda acrescenta que a incidência da doença é maior entre adultos jovens, especialmente entre os  20 e 35 anos, no público feminino. 

Tratamento e sintomas
De acordo com o médico, os sintomas e o tratamento do cálculo renal dependem muito do tamanho e da localização das pedras. “Quando os cálculos estão dentro do rim, nas cavidades urinárias renais, que chamamos de cálices renais, não costumam trazer dor ao paciente, a não ser que sejam muito volumosos ou com quadro infeccioso associado. Cálculos renais pequenos, de 7 a 8 mm, costumam não trazer sintomas para o paciente. Quando os cálculos ultrapassam esse tamanho, dentro do rim, existe um risco maior de complicações com o passar dos anos, e nessas situações, já indicamos tratamento. Cálculos acima de 7 mm raramente são eliminados espontaneamente, sendo necessária a indicação cirúrgica”, explica Rodrigo Lima.

Quando não são muito volumosos, o tratamento desses cálculos podem ser fito por meio de medicamentos analgésicos, que devem ser indicados por um profissional médico, aliado com o aumento do consumo de água, para eliminar mais facilmente as pedras de forma natural.

Verão pode aumentar o risco de cálculo renal

Ainda de acordo com o urologista, esse cálculo, alguma vezes pode se mover do rim para o canal ureter, que drena a urina até a bexiga. “Nesses casos o paciente apresenta a cólica renal aguda, quadro que costuma necessitar de analgesia venosa e atendimento de urgência. Além da dor intensa, o paciente pode sofrer com sudorese (suor excessivo), náuseas e vômitos”, esclarece. 

Para evitar a incidência dos cálculos renais o médico Rodrigo Lima lista alguns hábitos simples, mas que fazem toda a diferença para evitar o problema: 

Beba água – Beba muita água todos os dias.  O recomendado é consumir 35 ml de água por cada quilograma de peso corporal. Ou seja, se uma pessoa adulta pesa 70 quilos, o ideal é que ela consuma 2 litros e 400 ml de água por dia. “Quanto mais água consumimos, mais diluímos os sais na urina, reduzindo risco de formação das pedras”, orienta o médico.

Menos sódio – Reduza o consumo de sódio, ou sal. Evite a ingestão excessiva de alimentos que contenham alto teor de sódio, como enlatados, salgados industriais e  refrigerantes, que apesar de doces têm alta quantidade de sal em sua composição. “O aumento do sal na urina favorece a formação dos cálculos”, completa o especialista.

Consumo de proteínas – Outro cuidado a ser tomado é evitar o consumo excessivo de proteínas, como carnes e suplementos proteicos em pó. “As proteínas, em excesso, cristalizam mais na urina, aumentando a chance de surgir novas pedras”, informa o médico.

Frutas cítricas – Insira o consumo maior de frutas cítricas na sua dieta, como laranja, limão, abacaxi, acerola, entre outras. “Esses alimentos são ricos em citrato, uma substância natural que reduz a agregação dos sais na urina”, explica Rodrigo Lima.

Exercício físico – Mesmo de férias, mantenha a rotina de exercícios físicos. Estudos evidenciam que pacientes sedentários formam mais cálculos urinários do que aqueles que realizam atividade física regular.

Verão pode aumentar o risco de cálculo renal

Sair da versão mobile