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Vendas de cimento caem em abril e somam 4,6 milhões de toneladas

Reprodução

Segundo números do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas em abril de 2023, uma queda de 11,6% na comparação com o mesmo mês de um ano atrás. No acumulado do quadrimestre, houve um recuo de 3,1% em relação ao mesmo período de 2022.

O fraco desempenho é explicado pela instabilidade na economia, marcado por indicadores internos desfavoráveis como aumento no desemprego, aliado com a lenta recuperação dos salários e juros em patamar alto, continuam a impactar o setor. Com este cenário, as vendas de materiais de construção seguem em queda, assim como os lançamentos e financiamentos imobiliários, reflexo da alta taxa de juros (13,75%) e do baixo poder de compra da população. “Os resultados apontam para um preocupante desempenho da indústria do cimento frente às discussões da Lei Básica do Saneamento, do arcabouço fiscal, incertezas quanto à evolução da Reforma Tributária e a falta de perspectiva de uma redução da taxa básica de juros. Ademais, persiste forte pressão de custo dos insumos que integram o processo produtivo do setor”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

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Apesar deste cenário negativo, a construçãoatingiu o maior nível desde novembro de 2022, influenciada pelas expectativas dos empresários nos segmentos de Edificações Residenciais e de Obras Viárias, enquanto a indústria vê alguma melhora no escoamento dos estoques e nas transações comerciais entre os setores, apesar do nível de demanda estar abaixo do normal, deixando o mercado mais cauteloso no horizonte de seis meses. Já o índice de confiança do consumidor estagnou em abril em patamar considerado baixo em termos históricos, diante do cenário relacionado a um alto endividamento, principalmente das famílias com menor renda, a um aumento da perspectiva de inflação e dificuldade no acesso ao crédito.

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