Falta apenas um mês para Jair Bolsonaro assumir o cargo de presidente da República e as articulações para a composição do novo governo continuam com força total em Brasília. Até o momento, 20 nomes já foram confirmados para compor a equipe ministerial do presidente eleito.
Os principais destaques são os dois superministérios já decididos por Bolsonaro. O economista Paulo Guedes, guru econômico do presidente eleito, ocupará o super Ministério da Economia. A pasta será composta da união entre os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio.
O Ministério da Justiça – que fará a fusão da Secretaria de Segurança Pública e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, é o segundo super Ministério, e vai ser comandado pelas mãos do juiz federal Sergio Moro.
A partir de janeiro de 2019, quem assume a Casa Civil é o deputado federal do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni que, por enquanto, atua como ministro extraordinário da transição. O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que é oficial da reserva, vai assumir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Quem ficará à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia será o astronauta Marcos Pontes. A deputada Tereza Cristina, que é engenheira agrônoma e empresária do agronegócio, vai assumir o Ministério da Agricultura.
O general Fernando Azevedo e Silva, que já atuou como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, vai comandar o Ministério da Defesa.
Quem vai governar o ministério de Relações Exteriores vai ser Ernesto Fraga Araújo, que é o atual diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty.
O economista Roberto Campos Neto, de 49 anos, vai comandar o Banco Central.
Já o ex-capitão do Exército, Wagner de Campos Rosário, vai continuar no cargo de ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). Ele já ocupa esta função deste 2017.
O deputado federal Luiz Henrique Mandetta, que também é ortopedista pediátrico, vai assumir o Ministério da Saúde.
André Luiz de Almeida Mendonça, que é advogado da União desde 2000, será o novo comandante da Advocacia-Geral da União.
Já o advogado Gustavo Bebianno, que foi o presidente do PSL durante a campanha eleitoral, será o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
Agora, o novo ministro da Educação será o filósofo e professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Ricardo Vélez Rodríguez.
A Secretaria de governo vai ser comandada por Carlos Alberto dos Santos Cruz. A principal missão dele vai ser fazer a articulação com o Congresso Nacional e com os partidos políticos.
Tarcísio Gomes de Freitas irá assumir o Ministério da Infraestrutura, que vai abranger os setores de transporte aéreo, terrestre e aquaviário.
Quem vai assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional será Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, que é o atual secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional. Essa pasta deverá unir as atuais atribuições dos ministérios da Integração Nacional e das Cidades.
O Ministério da Cidadania, que vai fundir as atribuições dos ministérios do Esporte, da Cultura, além da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), terá como ministro o ex-ministro do Desenvolvimento Social no governo Temer, Osmar Terra.
Já o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio será o ministro do Turismo. Ele está no segundo mandato e foi o deputado mais votado de Minas Gerais nas últimas eleições, com mais de 230 mil votos.
O último nome confirmado para compor a equipe ministerial de Bolsonaro foi do almirante-de-esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, que hoje em dia é diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Ele será o novo ministro de Minas e Energia.
De acordo com Bolsonaro, o próximo governo deverá ter 22 ministérios, sete a menos do que existem hoje em dia.