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Vacina de Oxford encalha na Europa por conta de restrições governamentais

EBC

Governos de países como Alemanha, Itália e França aplicaram restrições à aplicação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca em idosos. Por conta disso, milhares de doses estão encalhadas e não podem ser usadas.

Essas restrições foram aplicadas por conta da ausência de testes do imunizante em idosos, que são o grupo prioritário para vacinação na Europa. Além disso declarações do presidente da França, Emmanuel Macron contribuíram para a desconfiança do público na vacina.

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Macron disse a repórteres que o imunizante da AstraZeneca era quase ineficaz contra a Covid-19 em pessoas com mais de 65 anos. Entretanto, o político não apresentou nenhuma evidência científica que apoiasse sua afirmação.

Porém, a administração de Emannuel Macron anunciou que pessoas com comorbidades entre 65 e 74 anos receberiam a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Para os idosos sem nenhum tipo de agravante, as restrições seguem em vigor.

Países usaram menos da metade das doses
Alemanha, Itália e Espanha usaram menos de metade de suas doses. Crédito: ShutterStock

Atualmente, Alemanha, Itália e outros grandes países europeus seguem aguardando os resultados de testes da vacina da AstraZeneca em idosos para poder aplicar as doses, o que acaba gerando um cenário curioso, os governos recebem vacinas que não são usadas.

Para se ter uma ideia, a França utilizou apenas 25% das doses recebidas, a Itália aplicou 26% e a Espanha usou administrou 43% das doses recebidas. Na Alemanha, foram utilizadas cercas de 33% das injeções, o que fez alguns estados, como a Baviera e a Saxônia, doarem parte das doses para países vizinhos.

Aplicações no Reino Unido diminuíram internações
Reino Unido utilizou doses da vacina de Oxford em idosos. Crédito: ShutterStock

Indo na contramão dos vizinhos, o Reino Unido, que deixou a União Europeia em 2020, distribuiu amplamente a vacina Oxford/AstraZeneca aos idosos em conjunto com os imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech, o que auxiliou na diminuição do índice de mortes e hospitalizações nos países.

No momento, em torno de 30% da população do Reino Unido já recebeu ao menos uma dose de vacina, o que permitiu ao governo traçar planos de reabertura econômica quase completa para o fim do primeiro semestre de 2021.

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