Tato é o primeiro sentido a se desenvolver nos bebês
O toque físico pode reduzir a dor e os sintomas de depressão e ansiedade. É o que conclui uma revisão publicada na revista científica Nature Human Behavior na última segunda-feira (8). Segundo a metanálise, esse tipo de contato promove o bem-estar físico e mental.
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Toque físico reduz dor, depressão e ansiedade
Ao todo, 212 estudos fizeram parte da revisão promovida por pesquisadores do University Hospital Essen (Alemanha). Uma das descobertas é que os toques são especialmente eficazes na regulação dos níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse.
Dentre os projetos analisados, 85 envolviam especificamente os adultos. Enquanto isso, 52 envolviam recém-nascidos.
O interesse dos pesquisadores nesse público se deve ao fato de que o tato é o primeiro sentido a se desenvolver nos bebês.
E um ponto curioso levantado pela análise é que os humanos tiveram benefícios semelhantes em termos de saúde física quando tocados por outros humanos e por objetos, como robôs sociais ou mesmo cobertores. Você já abraçou seu travesseiro em busca de alívio enquanto chorava à noite? Então. É nessa mesma linha de raciocínio.
Toque físico reduz dor, depressão e ansiedade
“Significa que precisamos de realizar mais investigação sobre o potencial dos cobertores pesados ou dos robôs sociais para melhorar o bem-estar das pessoas, especialmente durante situações de limitação de contacto, como a recente pandemia de covid-19”, apontam os pesquisadores, em comunicado.
Mas como já é de se esperar, o impacto positivo na saúde mental é maior para o toque humano do que para o toque de objetos.
Outras considerações do estudo é que o tipo de toque e sua duração não interferem no resultado. Apesar disso, tocar a cabeça traz maiores benefícios à saúde do que tocar outras partes do corpo.
Abraço conforta corpo e mente
A literatura científica já indica que o abraço faz bem para a mente, como é o caso de um estudo da Ruhr University Bochum, que mostra que o abraço diminui efeitos do cortisol.
Um projeto da Carnegie Mellon University reforça essa ideia ao comprovar que abraços podem impactar até o nível de imunidade e manter as pessoas mais saudáveis, reduzindo a chance de ficar doente.