Há dois anos trabalhando no local, ela teria entrado na jaula do animal sem perceber que ele estava solto
Uma mulher de 21 anos morreu nesta sexta-feira, dia 6, após ser atacada por um tigre no Parque Safari Rancagua, no Chile. Segundo a imprensa local, a vítima foi identificada como Catalina Torres Ibarra, funcionária do zoológico havia cerca de dois anos. O trágico episódio ocorreu quando ela entrou no espaço do animal para fazer a limpeza, mas não teria percebido que o felino estava solto.
Formada em Administração em Ecoturismo pela Universidade Andrés Bello, ela trabalhava como guia no zoológico, informou o portal “Meganoticias”.
“Constatamos a morte de uma das trabalhadoras enquanto ela fazia a limpeza e a manutenção. Ao entrar, não percebeu que a porta da jaula estava aberta”, afirmou o capitão Williams Espinoza, da Primeira Delegacia de Rancagua, de acordo com o Canal 13.
Os bombeiros foram acionados para prestar socorro e a aproximação do veículo, com o som da sirene, espantou o tigre, que se afastou da vítima e, assim, não precisou ser sedado. No mesmo local, outros funcionários trabalhavam, mas segundo relatos, suas tentativas para salvar a jovem durante o ataque não surtiram efeito.
Um dos funcionários do zoológico contou que o acontecimento “afeta a todos” no parque. “Eu não trabalhava na área dela, mas isso afeta a todos nós do parque. Ela era guia do safári”, disse ao “Meganoticias”. Para ele, a morte da jovem foi resultado de falta de aviso sobre a área dos tigres.
“Pelo que eu sei, ela foi enviada para fazer essa tarefa e não foi informada de que a jaula do tigre estava aberta. Aqui há negligência. É o mais lógico para eles dizerem que se vai limpar a área, tenha cuidado porque o tigre está solto, mas ela não foi avisada.”
No entanto, o gerente do empreendimento, Antonio Rojas, apresentou uma versão diferente. Ele afirmou que as pessoas designadas para fazer a limpeza foram instruídas a trabalharem apenas no setor dos leões. Segundo o gerente, a equipe foi orientada a não entrar na área dos trigres.
“O motivo pelo qual eles foram para o setor dos tigres eu não sei. Havia indicações claras de que não entrassem no setor dos tigres e que simplesmente limpassem o dos leões”, reforçou Rojas, destacando ainda que o trabalho da vítima não era no cuidado dos animais.
Após o ocorrido, o parque foi fechado, e o caso é investigado pela promotoria e pela polícia.