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Tentativa de suicídio de mulheres: quais as causas e tratamentos

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O mês de setembro é conhecido mundialmente como o mês de prevenção ao suicídio. No Brasil sinalizamos como “setembro amarelo”, e o dia 10 de setembro é o dia oficial da prevenção ao suicídio, considerado um problema de saúde pública, mas ainda um tabu social que não costuma chamar a atenção na mídia.

Segundo dados, 96% das pessoas que morrem por suicídio tinham algum transtorno mental. Todos os dias, cerca de 30 brasileiros se suicidam, taxa superior a das vítimas de aids e de diversos tipos de câncer. E em cerca de 90% dos casos eles poderiam ser evitados. 

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Na cartilha de prevenção ao suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), revela-se que de cada 100 brasileiros, 17 já pensaram, ao menos uma vez, em tirar a própria vida. Vale lembrar que fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida não somente as tentativa de tirar a própria vida, mas também os pensamentos e os planos.

O suicídio é um ato de se matar intencionalmente. Muitas vezes, é usado como uma maneira de acabar com a dor, o sofrimento ou outros problemas da vida. É é a segunda principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Além disso, é também a quarta principal causa de morte de mulheres entre 10 e 24 anos.

No entanto, as mulheres geralmente têm menos êxito. A principal razão para essa diferença é o método usado: Enquanto eles preferem armas de fogo, as mulheres usam envenenamento por pesticidas.

Por esse motivo, os programas de prevenção do suicídio geralmente se concentram em vítimas do sexo masculino. Isso significa que as mulheres têm menos probabilidade de receber o apoio que precisam quando estão lutando com pensamentos autodestrutivos.

Principais causas de suicídio
O suicídio é muito complexo e multifatorial. Ele envolve causas variadas e costuma estar relacionado a transtornos psíquicos de ansiedade, humor e personalidade, como a depressão, borderline, bipolaridade, abuso de drogas, entre outros. Assim, fatores como bullying, dificuldades financeiras, perdas afetivas, problemas no trabalho, isolamento social, existência de doenças crônicas ou terminais e conflitos familiares também podem dar origem ao comportamento suicida.

Essas causas afetam tanto homens quanto mulheres.

Depressão
A depressão é uma das principais causas de morte entre mulheres jovens e também uma das principais causas de incapacitação. Nos EUA, estima-se que entre 1 milhão e 2 milhões de pessoas morrem por suicídio a cada ano.

Problemas de relacionamento – Os problemas de relacionamento podem envolver:

Todos eles podem ser um fator que contribui para pensamentos e ações suicidas.

Questões Financeiras 
Outra razão pela qual as mulheres se matam é por questões financeiras. Muitas delas se sentem presas por dívidas, especialmente quando não conseguem quitá-las. Esse sentimento de estar preso pode levar ao pânico, a desesperança e ao desespero.

Abuso de Substâncias
O abuso de substâncias é outra das principais causas de morte entre jovens e adultos. De acordo com as estatísticas, mais da metade de todos os suicídios envolvem o uso de álcool ou drogas.

Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é uma condição emocional caracterizada por mudanças extremas de humor. Também já foi conhecido como transtorno maníaco-depressivo.

Assim, pessoas com esse transtorno geralmente se sentem deprimidas em um período e muito eufóricas em outro. Na fase mais extrema de exaltação, elas podem apresentar:

Como cuidar
É importante entender que nem todas as pessoas que têm pensamentos suicidas agirão de acordo. O mais recomendado por médicos e especialistas, além de procurar ajuda profissional, é: ouça a pessoa, deixe-a falar. Conversar com amigos, familiares, ou outros profissionais pode ajudar.

Além disso, falar sobre sentimentos pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade. Também há o Centro de Valorização da Vida (CVV, telefone 188), que oferece serviços de escuta gratuitos para quem está pensando em tirar a própria vida.

As seguintes medidas também ajudam na saúde mental:

Tratamento das tentativas de suicídio
Os tratamentos mais eficazes para pensamentos suicidas focam não apenas na doença em si, mas sim em um espectro mais amplo, analisando toda situação e contexto. Os mais comuns são:  

O objetivo dessas medidas é tanto tratar as principais doenças que levam ao suicídio quanto mitigar os pensamentos de auto agressão. Para isso, é fundamental conhecer quais são as principais causas que motivam as tentativas.

Terapia da depressão
O suicídio está muitas vezes ligado à depressão. Felizmente, existem tratamentos disponíveis e eficazes para a depressão, incluindo medicamentos e terapia.

Um dos tratamentos é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Durante a TCC, um terapeuta trabalhará para mudar os padrões de pensamento e a maneira de pensar, o que pode ajudar a gerenciar as emoções e quebrar hábitos destrutivos.

A TCC demonstrou ser eficaz no tratamento da depressão, e pode ser aplicada a muitas situações diferentes, sendo efetiva para muitos transtornos mentais.

A verdade é que a depressão é uma doença mental tratável. Existem medicamentos úteis que auxiliam no tratamento, e só podem ser prescritas por um médico.

No entanto, a medicação por si só não é uma solução a longo prazo. Muitas vezes, é um tratamento eficaz para os sintomas imediatos da depressão, mas não trata a causa raiz da doença. Além das opções de tratamentos medicamentosos para a depressão, algumas pessoas também podem se beneficiar com as psicoterapias.

Tratamento do suicídio no transtorno bipolar
O transtorno bipolar é outro transtorno mental comum que pode levar ao suicídio. Ele é caracterizado por mudanças extremas de humor, que podem levar a períodos depressivos intensos com automutilação e pensamentos suicidas. O tratamento de primeira linha para o transtorno bipolar é um medicamento estabilizador de humor.

Enfim, é importante lembrar que a melhor maneira de tratar o suicídio é preveni-lo. Se você ou um ente querido estiver passando por depressão ou outra doença mental, não hesite em procurar ajuda. O tratamento está disponível e há muitas maneiras de superar.

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