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Temporal mata ao menos 36 pessoas em SP; dezenas de 50 casas desabaram

Reprodução

As fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo no último final de semana deixaram ao menos 36 mortos. Segundo último boletim do Governo do Estado, foram confirmados 35 óbitos em São Sebastião, além de uma morte em Ubatuba.

Estão desalojadas 970 pessoas e desabrigadas outras 747. Na manhã desta segunda-feira, 20, a prefeitura de São Sebastião havia confirmado, em nota, 36 óbitos no município, citando dados da gestão estadual. No entanto, até o momento, o governo de São Paulo não confirma a atualização. Na cidade, cerca de 50 casas desabaram na Vila Sahy, na Costa Sul, e outros bairros que também foram afetados e recebem atendimento emergencial das forças de segurança.

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A Defesa Civil alerta que há riscos de novos deslizamentos e desmoronamentos de residências, devido ao solo encharcado. Mais de 130 equipes, com o apoio de 23 viaturas e sete aeronaves, estão empenhados em operações de resgate de mais vítimas, concentradas na região da Barra do Sahy e Camburi, em São Sebastião. Outros 80 policiais reforçam as atividades.

Os trabalhos de perícia e identificação das vítimas é realizado em parceria pela Polícia Técnico-Científica, por meio do Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML), em parceria com o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD).

Como a Jovem Pan mostrou, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou neste domingo uma operação de resgate conjunta com o Exército. Duas aeronaves militares serão utilizadas para transporte de equipes do Corpo de Bombeiros e resgate de moradores ilhados.

Na madrugada de domingo, 19, uma menina de sete anos morreu após uma pedra deslizar e atingir a residência que ela estava em Ubatuba. O incidente aconteceu na rua Benedito Alves da Silva, no bairro Pereque-Açu e a ocorrência foi atendida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que constatou a morte ainda no local.

Em São Sebastião, o prefeito Felipe Augusto (PSDB) declarou estado de calamidade pública e cancelou o Carnaval no município, conhecido como Carnamar. Dados registrados pelos pluviômetros automáticos do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) são recordes para a cidade. Nas praias Barra do Una, Juquehy, Cambury e Boiçucanga choveu mais de 400 milímetros em um período de quatro horas. Há estações em que os volumes ultrapassam 600 milímetros em 24 horas.

Outras cidades da região também sofrem com enchentes, alagamentos, queda de árvores e deslizamentos.

Em Bertioga, também no litoral norte, os registros apontam a ocorrência de mais de 650 milímetros de chuva nas primeiras 15 horas iniciais deste domingo. A quantidade trata-se do maior índice pluviométrico registrado no município nos últimos anos e provocou alagamentos, além de danos em diversos pontos.

A Defesa Civil de Bertioga decretou estado de emergência e a programação do Carnaval no município foi cancelada. Segundo o DER, a rodovia Mogi-Bertioga segue interditada e sem previsão de liberação. Uma parte do asfalto da estrada cedeu com o rompimento de uma tubulação causada pelas fortes chuvas que atingiram a região.

Nas últimas 24 horas, os maiores acumulados de chuvas são: Bertioga, 683mm; São Sebastião, 627mm; Guarujá, 395mm; Ilhabela, 337mm; Ubatuba, 335mm; e Caraguatatuba, com 234mm.

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