As primárias americanas estão a todo vapor, e com elas, as mudanças de postura dos cidadãos americanos se sobressaem. Anos atrás, citar as palavras “comunismo” ou “socialismo” nos Estados Unidos era de uma ofensa sem precedente. Contudo, o que observa-se hoje é que os americanos se tornaram mais abertos para considerar uma agenda mais progressista, por exemplo. É importante destacar que não tem muito tempo que os Estados Unidos elegeram o seu primeiro presidente negro, Barack Obama, e a eleição foi marcada por uma grande variedade de representações minoritárias: tais quais negros, latinos, mulheres e LGBT+. Uma grande comoção tomou conta do dia do resultado e do dia da posse. Considera-se esse marco o ponto crucial para a exposição de uma outra realidade americana.
Um dos principais candidatos pelo Partido Democrata é o socialista convicto Bernie Sanders. Moldado pelo modo de campanha de Obama, Sanders expande seu contato com possíveis eleitores com medidas que visam tocar não apenas as minorias clássicas dos Estados Unidos, o candidato (e sua equipe) gere comitês poliglotas e impulsiona a presença de jovens para abraçar políticas públicas.
As eleições americanas tem um formato bem diferente do que acostumou-se no Brasil, nas chamadas primárias, candidatos do mesmo partidos disputam entre si quem será o representante na eleição majoritária. E nas pesquisas das eleições gerais, Sanders tem a maior margem de vitória contra Trump.
O socialista vem ganhando força com eleitores que não se consideram de esquerda, muito pelo contrário, sua esmagadora vitória no estado americano de Nevada expõe a votação expressiva de conservadores.
Enfim, mesmo com uma abordagem radical, o Senador Bernie Sanders vem ganhando interessados nas suas propostas de programas sociais, Direitos Humanos e em favor das minorias. Resta saber até que ponto o cidadão americano vai abraças as novas ideias do Senador.
O final das prévias nos dará as respostas.