Site pede dados pessoais, como o nome da mãe e o estado civil

Sites falsos que pedem pagamento de taxa para liberar saldo do PIS/PASEP foram identificados pela Kaspersky. Segundo a empresa de cibersegurança nesta quarta-feira (9), as páginas maliciosas cobram uma suposta taxa para permitir o saque do benefício trabalhista.
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Site falso cobra taxa para liberar saque do PIS/PASEP; veja como se proteger
A fraude mira no anúcio do governo feito no fim de março sobre os R$ 26,3 bilhões esquecidos na conta do antigo fundo PIS/Pasep por mais de 10 milhões de brasileiros, o que se tornou um fator atrativo para golpistas.
"[Os golpistas] criam sites falsos que imitam os canais oficiais, com o objetivo de receber transferências via Pix como 'taxa' de recuperação do dinheiro, além da possibilidade de roubar os dados pessoais cadastrados", comenta o diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina, Fabio Assolini.
É importante ressaltar que a consulta do saldo do PIS/PASEP pode ser feita através do site Repis Cidadão (repiscidadao.fazenda.gov.br), assim como pelo aplicativo do FGTS (Android | iOS). Essas plataformas oficiais não exigem o pagamento de taxa para que relizar o saque do benefício.
Como ocorre o golpe
A Kaspersky identificou nove domínios utilizados para aplicar o golpe. Ao entrar no site fraudulento, é solicitado que a vítima insira o seu nome e CPF em uma plataforma que remete à caixa de login do Gov.br para que consiga consultar a indenização.
Após a inserção dos dados, o site falso consegue localizar o nome correspondente à identidade do beneficiário e, em seguida, mostra um vídeo de uma suposta assistente virtual do programa que oferece axuílio para o que deve ser feito em cada etapa.
Para confirmar a segurança do saque, o site pede dados pessoais, como o nome da mãe e o estado civil. Depois de inserir essas informações, a página simula uma aprovação e solicita a chave Pix da vítima, como se a transação estivesse completa.
O valor para a suposta liberação do saque é R$ 69,99 e é mascarada como uma "indenização governamental".
Depois de gerar um suposto boleto para a taxa, a vítima é levada para outra página para pagar via Pix e, assim, "receber" o dinheiro. Essa página ainda mostra comentários falsos de pessoas que supostamente fizeram isso e conseguiram o saque.

Como se proteger
Assolini destaca que, apesar de o golpe não ser tão complexo, ainda é preciso divulgar para que as pessoas se conscientizem e se protejam. Veja algumas dicas:
- Utilize apenas canais oficiais como Repis Cidadão e o app do FGTS;
- Desconfie de mensagens suspeitas em e-mails, mensagens de texto ou WhatsApp que ofereçam facilidades no saque ou solicitem seus dados pessoais;
- Verifique a autenticidade dos sites antes de inserir qualquer informação em um site, verifique se o endereço é o oficial;
- Mantenha seu antivírus atualizado e o mantenha sempre atualizado para proteger seus dispositivos.
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