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Síndrome pós-COVID: o que é? sintomas e o que fazer

Thomas Imo/Photothek via Getty Images

“Síndrome pós-COVID”, ou “Long COVID” em inglês, é um termo que está sendo utilizado para descrever os casos em que a pessoa foi considerada curada da infecção por SARS-CoV-2, mas continua apresentando alguns sintomas ou problemas de saúde relacionados com a infecção, como cansaço excessivo, dor muscular, tosse, dificuldade de pensamento e/ou sensação de falta de ar.

De acordo com a OMS, para ser considerada uma condição pós-COVID, a pessoa deve apresentar todos estes critérios:

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Este tipo de síndrome já foi observada em outras infecções virais do passado como a gripe espanhola ou a infecção por SARS, e, embora a pessoa já não tenha o vírus ativo no corpo, continua apresentando alguns sintomas que podem afetar a qualidade de vida. Dessa forma, esta síndrome está sendo classificada como uma possível sequela da COVID-19.

Principais sintomas

Alguns dos sintomas que parecem continuar depois da infecção, e que estão caracterizando a síndrome pós-COVID, são:

Estes sintomas podem surgir como sintomas “novos” ou manter-se desde a fase inicial, mesmo depois que a pessoa é considerada curada e os testes de COVID-19 dão negativo. Também é possível que os sintomas vão flutuando ao longo do tempo, isto é, que tenham períodos em que são mais intensos e outros em que são mais leves

No caso de sintomas com potencial para serem um sinal de problema grave, como ter palpitações, sentir uma forte pressão no peito ou ter sensação de falta de ar, é importante ir ao hospital ou consultar um clínico geral.

Porque acontece a síndrome

A síndrome pós-COVID, assim como todas as possíveis complicações do vírus, ainda estão sendo estudadas. Por esse motivo, não se conhece a causa exata para o seu aparecimento. No entanto, como os sintomas aparecem mesmo depois que a pessoa é considerada curada, é possível que a síndrome seja causada por alterações deixadas pelo vírus no corpo.

Nos casos leves e moderados, a síndrome pós-COVID está sendo relacionada à “tempestade” de substâncias inflamatórias que acontece durante a infecção. Essas substâncias, conhecidas como citocinas, são produzidas em grande quantidade durante a infecção e podem acabar se acumulando no sistema nervoso central, causando vários dos sintomas característicos da síndrome.

Já nos pacientes que apresentaram uma forma mais grave de COVID-19, é possível que os sintomas persistentes sejam resultado de lesões causadas pelo vírus em várias partes do corpo, como pulmões, coração, cérebro e músculos, por exemplo.

Quem tem maior risco de ter a síndrome

De acordo com um estudo feito em 2020, o risco de desenvolver síndrome pós-COVID parece ser superior em:

Além disso, pessoas com asma também apresentam uma tendência maior para o desenvolvimento da síndrome pós-COVID.

A síndrome pode acontecer em crianças?

A síndrome pós-COVID pode surgir em pessoas de qualquer idade que tenham tido uma infecção por SARS-CoV-2, no entanto, parece ser menos comum em crianças e adolescentes, surgindo especialmente em crianças que apresentaram uma infecção moderada ou grave.

Os sintomas apresentados parecem ser semelhantes aos de um adulto, incluindo cansaço excessivo, dor de cabeça, dificuldade para concentrar, dor muscular, insônia e tosse. Veja como identificar a infecção por COVID-19 em crianças.

Como prevenir a síndrome pós-COVID

Até ao momento, a única forma de evitar desenvolver a síndrome pós-COVID continua sendo evitar a infecção por SARS-CoV-2. Dessa forma, deve-se manter os cuidados recomendados, como utilizar máscara, lavar frequentemente as mãos e manter o distanciamento social, assim como fazer a vacinação completa contra a COVID-19. Veja mais detalhes sobre a vacina contra a COVID-19.

Como é feito o tratamento

Ainda não existe um tratamento específico para combater a síndrome pós-COVID e, por isso, é importante que todas as pessoas com sintomas pós-COVID façam uma avaliação com um clínico geral. Esse médico poderá, de acordo com os sintomas, receitar o uso de medicamentos, aconselhar alterações no estilo de vida ou encaminhar a pessoa para um especialista.

Isso significa que pessoas com dor no peito e palpitações são normalmente encaminhadas para o cardiologista, enquanto pessoas com cansaço, tosse e sensação de falta de ar são geralmente encaminhadas para o pneumologista. Outras especialidades podem também ser indicadas, como o gastroenterologista, o neurologista ou até o fisioterapeuta. Estes especialistas, além de recomendarem tratamentos direcionados para o alívio dos sintomas, poderão também avaliar os diferentes órgãos para entender se existe alguma sequela mais específica que precise de tratamento.

O que fazer para aliviar os sintomas

Embora não exista uma forma de tratamento específica para tratar todos os casos de síndrome pós-COVID, existem alguns cuidados que podem ajudar a aliviar alguns dos sintomas menos sérios e mais comuns:

Independente destes cuidados, todos os sintomas devem ser avaliados por um médico, já que podem existir alterações que precisem de tratamento com remédios, por exemplo. Assim, os cuidados apresentados devem apenas ser usados para complementar o tratamento indicado pelo médico.

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