Saiba os riscos da automedicação em suspeita de dengue

Por: Secom Maceió  Data: 04/03/2024 às 12:05

Fazer o uso de aspirina, anticoagulantes e alguns antiinflamatórios, pode atrapalhar ao invés de ajudar na melhora dos sintomas

Saiba os riscos da automedicação em suspeita de dengue
Saiba os riscos da automedicação em suspeita de dengue

Visando garantir a segurança da população, principalmente nesse período em que os casos de dengue têm se intensificado em todo o país, a Secretaria de Saúde de Maceió orienta sobre o uso de medicamentos indicados e contraindicados para o tratamento correto da doença, além de alertar sobre os riscos que a automedicação pode trazer nos casos suspeitos dessa enfermidade. 

Saiba os riscos da automedicação em suspeita de dengue

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A dengue é uma doença bifásica, ou seja, ela tem duas fases: a primeira é caracterizada por sintomas como febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, nas articulações, náuseas, enjôos e aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. Já na segunda fase – dengue grave -, que começa a acontecer após uma semana, o paciente apresenta dor abdominal, vômitos e tonturas, além de poder ter ou não sangramento nas mucosas, encaminhando-o para um quadro de gravidade, o que pode levá-lo à óbito.

Para enfrentar esses sintomas de forma correta, o médico infectologista Renee Oliveira destaca que é fundamental, primeiramente, buscar orientação médica para receber o tratamento adequado e evitar consequências graves para a saúde.

“Ao apresentar sintomas como esses, antes de tudo é importante procurar um atendimento médico. Automedicar-se pode ser perigoso, especialmente quando há suspeita de dengue. Quando a doença se encaminha para uma situação de hemorragia, o principal fator é a coagulação, as plaquetas ficam baixas e a coagulação não vai acontecer como deveria acontecer. Fazer o uso de aspirina, anticoagulantes e alguns antiinflamatórios, como ibuprofeno, por exemplo, pode atrapalhar ao invés de ajudar na melhora dos sintomas”, explica.

Em relação aos medicamentos recomendados que devem ser usados, o infectologista orienta o uso de apenas dois remédios. “Tanto para o tratamento da dengue, como também para zika e chikungunya, em suas fases iniciais, seguem-se as mesmas medicações, que é paracetamol ou dipirona, acompanhado de muita hidratação e repouso”, orienta.

Sobre a doença
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme). A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.